PARTE 3
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"Chegáramos a uma nova etapa de nossas viagens. As marítimas tinham terminado por algum tempo. O nosso próximo ponto era Curitiba, a capital da província, distante de Antonina cerca de 50 milhas. Sabíamos que havia uma estrada de rodagem não ainda terminada durante todo o percurso e não demoramos a descobrir os recursos do lugar quanto a transporte.
"Chegáramos a uma nova etapa de nossas viagens. As marítimas tinham terminado por algum tempo. O nosso próximo ponto era Curitiba, a capital da província, distante de Antonina cerca de 50 milhas. Sabíamos que havia uma estrada de rodagem não ainda terminada durante todo o percurso e não demoramos a descobrir os recursos do lugar quanto a transporte.
A própria cidade foi logo explorada, sendo antes o que na
Inglaterra chamaríamos de aldeia.
Vangloriava-se de sua
rua principal e de algumas outras menores ou becos, que saiam dela em ângulos
retos. As casas, na maioria térreas, eram construídas de pedaços de pedra
trazidos do Rio de Janeiro como lastro e que, depois de sobrepostas em seco,
eram cobertas de argamassa e cal. Poucas janelas eram envidraçadas e, como no
Rio de Janeiro, não se via nenhuma chaminé por cima dos telhados. Nas melhores
casas um cano de ferro podia talvez ser visto, atravessando a parede traseira,
sob as calhas salientes do telhado, mas, na maioria, a fumaça da cozinha saia
pelos interstícios das telhas.
Ao lado sul da cidade, no alto de pequena colina, assentava
a igreja, velando o pequeno rebanho a seus pés.
Era evidente, pela aparência, que este era o principal
edifício do lugar, no qual a arquitetura não tinha saído de sua forma
primitiva, ou seja quatro paredes e um
telhado. Todavia, não obstante a simplicidade de suas construções particulares,
Antonina, como um todo, seria certamente classificada de lugarejo bonito e até
pitoresco, situado, como está, entre terra e agua, ao pé de gigantesca cadeia
de montanhas, a “Serra do mar”, e nas praias da linda baia de Paranaguá.
Não resta dúvida que, se o ancoradouro em Antonina fosse
menos limitado em extensão, a cidade teria grande futuro diante de si, mas
parece que havia somente dois canais, comparativamente pequenos, onde poderiam
ancorar embarcações de qualquer tamanho. No momento, a vantagem de antonina
sobre sua rival Paranaguá é a de se comunicar com Curitiba por uma estrada. Se,
contudo, o plano proposto de se construir uma estrada de ferro de Paranaguá a Morretes,
e dai para Curitiba, for realizado, e não o traçado que tem Antonina como ponto
de referência, não resta duvida que o saldo de vantagens será transferido para
a cidade anterior. Quando visitei ultimamente estas duas cidades, travava-se
entre elas tremenda luta pelos jornais sobre esse importante problema da
estrada de ferro".
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Thomas P. Bigg-Wither, Pioneering in South Brazil.
(...)
Thomas P. Bigg-Wither, Pioneering in South Brazil.
Essa vista seria lá do alto do morro do Salgado?
ResponderExcluirpois é, Mauricio, eu ainda não sei....pode ser o alto do morro como a estrada que é a alameda guarapirocaba de hoje. Pode ser também ali do morro da caixa da SAMAE, pois a igreja do bom Jesus está de fundos, o que é compatível com esta vista tambem...abraços!!
ResponderExcluirJeff... sou mais o morro da cruz sim... exatamente a localidade por você mencionada... e o artista provavelmente era batelense...
ResponderExcluirUm abraço.
Neuton Pires
Neutinho
ExcluirAcho que William Lloyd era do batuqueiros; de qualquer forma, está aí um belo tema para o carnaval de 2013, quem sabe?abraços!!
Jeffinho
ResponderExcluirEstá aí, você deu a dica, como o Batel já tem o seu tema escolhido para o carnaval 2013, e que irá divulgar por esses dias em seu site e redes sociais..., que tal o Batuqueiros do Samba homenagear o batelense William Lloyd com um enredo?
Sugiro até o tema:
Do Morro da Cruz ao Feiticeiro..., um cenário de pura beleza - Por: William Lloyd
Um abraço.
Neuton Pires
Sendo carnaval, fico muito feliz com a idéia!!Seria um belo enredo!! abraços!!
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