Depois da controvérsia do Antropoceno, uma nova e maior controvérsia
acende os debates científicos da Paleontologia Imaginária. Assim, os debates
sobre o período Antropoceno, sua delimitação temporal e mesmo a sua existência enquanto
período geológico passaram a um segundo plano. O novo período proposto é o Qqtaconteceno
(Crutzen, 2017).
Segundo Monteiro (2016) trata-se de um período além de
controverso, perplexo. A sucessão normal das faunas e sua disputa no ecossistema
planetário estariam se dando numa velocidade até então inaudita, complicando e
fazendo modificar nossa compreensão da evolução planetária (Zabini, 2016).
No Qqtaconteceno, predominou amplamente sobre os demais o gênero
feicebuquis. Havia o F. destrus e o F. sinistrus, que faziam grandes disputas em pontos nodais da rede
(Ortellado, 1999). A arma destes grupos era uma enzima altamente tóxica chamada
textão. O textão acumulava-se em grandes áreas, em geral inviabilizado a
compreensão do que estava em disputa (Mainardi, 2013). Em geral, um grupo não
entendia o que o outro dizia, e grandes toneladas deste material acumularam-se
no registro sedimentar (Almeida, 1946).
Outros animais do gênero feicebuquis
são os F. correntinus, que criava
diversas correntes de bobagens que também marcaram o registro fóssil do Qqtaconteceno
(Zuckerberg, 2012, 2013, 2015). O F.
narcisistus era outra espécie característica, e mostrava com frequência as festas
que frequentava, batizados, casamentos e fotos de crianças fofas (Kardashian,
2014) . Os mais estranhos, no entanto, são os F. abstinenticus, que se recusavam terminantemente a entrar. Dizia-se
mesmo que tal espécie não existia, mas alguns exemplares foram achados juntamente
com fosseis do gênero Instagranis (Favatto
& Steinkpf, neste momento agora). Outro gênero característica deste período
é o Tinderius sp, que tentava
desesperadamente se acasalar, com resultados bastante duvidosos (Marquezine
& Neymar Jr, 2014).
Mas não se trata somente do gênero feicebuquis, embora ele
seja o predominante do período Qqtaconteceno. O gênero Tuitus também era muito
comum (Safadão, 2015). Em geral os espécimes deste gênero eram similares aos do
gênero Feicibuquis, porem mais curtos,
com 140 vertebras (Porchat & Duvivier, 2012, 2013, 2016). Outra diferença
qualitativa importante era que o Tuitus
sp se organizavam segundo quais as espécies seguiam as outras, formando
grandes aglomerados nos oceanos do Qqtaconteceno (Oparin, 1944).
Os registros também apontam mudanças ambientais causadas por
grandes paquidermes como o Donaldus
trumpicus do Qqtaconteceno da América do Norte. A princípio pouco representativas
(1% do total), elas acabaram por tomar conta do registro no qqtaconteceno médio
(Al Gore, 1999). A presença do D. trumpicus desorganizou os grandes sistemas
evolutivos da região (Sanders & Clinton, 2015), determinando o avanço de espécimes
predadoras mais antigas. A ligação do D.
trumpicus com outros espécimes da Eurásia, como o Vladescus putinus da Russia conduziu a um retrocesso geral do
registro paleontológico imaginário (Cameron, 2014).
No Brasil o Qqtaconteceno (Fora Temer, 2016) é fruto de um
ambiente de estagnação paradoxalmente provocados pelos mamíferos do gênero Ministeriopublicus (Janot et al., 2014).
Trata-se de uma espécie altamente seletiva, que preda somente os mamíferos esquerdos,
deixando os mamíferos direitos livres para continuar predando (Calheiros & Jucá,
2016a, b). Os espécimes hoje dominantes, como os Patus amarelus e os Coxinhus raivosus
são decorrência da perda de dominância de grandes espécimes do antropoceno
recente como o gênero Ptistus sp. Na tentativa
de extinguir as grandes espécies sindicalistas e populares não há certeza, mas
há muita convicção (Dallagnol, 1933).
A perplexidade causada no Qqtaconteceno, no entanto, não é
nova. Sócrates (apud Platão) já estava intrigado com o registro paleontológico da
região de Qqtacontecenia, na Ásia Menor. Suas indagações sobre o Qqtaconteceno
forneceram várias explicações que são utilizadas até hoje para entender o
registro paleontológico imaginário. Na Alemanha, Karl Marx e Friedrich Hegel
(Marx & Hegel, 1844) também propuseram explicações sobre o Qqtaconteceno,
explicado como uma luta entre gêneros e ordens paleontológicas imaginárias.
Hoje há várias explicações sobre o Qqtaconteceno (Zizek,
2010; Bauman, 2011). No entanto, o registro paleontológico tem mostrado a
consistente reentrada de mamíferos pleistocênicos e mesmo cretáceos nos
ambientes modernos. Se o Antropoceno era um período contraditório, marcado
pelas bruscas mudanças climáticas e ambientais, o Qqtaconteceno é um período onde
a perplexidade faz parte do registro.
Há que se perguntar: tem algum meteoro disponível por aí?