sábado, 30 de junho de 2012

O INFERNO É MAIS EMBAIXO?


imagens do jogo em Paranaguá: Atlético e Bragantino afundam  rumo à terceira  divisão -  no meio das brumas, à esquerda, a fiel torcida rubro-negra chora e se descabela

Mesmo no inferno, é bom ter a companhia dos amigos. Mas hoje estou aqui, só com meu amigo verme, o Gusano, o verme da garrafa de mezcal. Para acompanhar via internet o jogo de hoje, lá (aí) em Paranaguá, estou desfalcado dos ectoplasmas de Dante Aliguieri e de Virgílio, que estão acompanhando a grande final da Eurocopa de amanhã, entre a Itália lá deles e a Espanha. Deve ser um jogão, esse. Enquanto isso, o Furacão de técnico novo – o terceiro em menos de dois meses – enfrenta o Braga, o bom e velho Braga que, como nós, anda literalmente caindo pelas tabelas.
Gusano, meu amigo engarrafado, está aqui do meu lado com sua cara cínica de verme entediado. Lá em Paranaguá, o Furacão ataca e ataca, mas nada. Se pelo menos fosse o time da Espanha, que toca a bola, mas não tem penetração, o time não tem nem a bola nem a penetração. Resultado: um monte de gols perdidos!!
Aos 28 do segundo tempo, pelo placar da UOL, Giancarlo invade a área do Atlético se enrola com a bola e simula um pênalti. Pela simulação o atacante acaba advertido com o cartão amarelo. Gusano me olha com uma cara de “eu não disse?”. Vou ao banheiro.
Dos 33 aos 35 varias jogadas, tudo pra fora: Harrison quem? Thiago Adan? Thiago Ãn? Cade o ataque desse time, Petraglia!!
Aos 38, olha o contra-ataque dos caras. Wewerton (quem?) defende. Tá virado em chapéu velho esse time. E agora? Nem encaro mais Gusano aqui do meu lado.
Acaba o jogo. Gusano fica ali mordiscando umas folhas de pita. Estou ainda olhando pra tela do computador com cara de pia de mármore velha. Não acredito. Mais um zero a zero. Maravilha. Em décimo quarto, continuamos caindo pelas tabelas. Estar no inferno não é pra principiantes mesmo. Tem que sentir o hálito, neste caso o da terceirona, ali no andar de baixo. Faz parte, com diz o filósofo.
Pelo menos desta vez o time atacou, mostrou que sabe parar a bola naquele trecho entre o meio de campo e o gol adversário. O cara, o Jorginho, vai ter que fazer milagres nestas próximas semanas. Mas, cá entre nós, a diretoria, com essa frenética mudança de técnicos também tem sua parcela de culpa.
Enquanto isso, vamos remando, que o barulho da queda está perto. Temos que escapar da cachoeira. Não tem sido bom estar perto de cachoeira ultimamente...

terça-feira, 26 de junho de 2012

ONDE FOI?

De onde foi pintada a Aquarela de William Lloyd? Vejam a imagem original e compare com as fotos...
A imagem original, 1872
Vista do Morro do SAMAE (Morro da Cruz?)

Vista do Morro do Salgado


segunda-feira, 25 de junho de 2012

UMA SIMPLES ALDEIA

"Vista Geral de Antonina,1872", aquarela sobre papel de William Lloyd, 11 x 34 cm (duas folhas coladas), Liga Ambiental, Curitiba; esta aquarela foi pintada por um dos colegas de Bigg-Witther em sua passagem pela Deitada-a-beira-do-mar em 1872, o também engenheiro inglês William Lloyd. Pra uma aquarela pintada por um engenheiro, não está mal...Se estas suposições estiverem corretas - são suposições ainda - temos que esta é a mais antiga imagem da cidade até agora conhecida, agora com nome, sobrenome e data de nascimento. Aqui vai mais um trecho da passagem da missão inglesa por Antonina. 
PARTE 3
(...)
"Chegáramos a uma nova etapa de nossas viagens. As marítimas tinham terminado por algum tempo. O nosso próximo ponto era Curitiba, a capital da província, distante de Antonina cerca de 50 milhas. Sabíamos que havia uma estrada de rodagem não ainda terminada durante todo o percurso e não demoramos a descobrir os recursos do lugar quanto a transporte.
A própria cidade foi logo explorada, sendo antes o que na Inglaterra chamaríamos de aldeia.
 Vangloriava-se de sua rua principal e de algumas outras menores ou becos, que saiam dela em ângulos retos. As casas, na maioria térreas, eram construídas de pedaços de pedra trazidos do Rio de Janeiro como lastro e que, depois de sobrepostas em seco, eram cobertas de argamassa e cal. Poucas janelas eram envidraçadas e, como no Rio de Janeiro, não se via nenhuma chaminé por cima dos telhados. Nas melhores casas um cano de ferro podia talvez ser visto, atravessando a parede traseira, sob as calhas salientes do telhado, mas, na maioria, a fumaça da cozinha saia pelos interstícios das telhas.
Ao lado sul da cidade, no alto de pequena colina, assentava a igreja, velando o pequeno rebanho a seus pés.
Era evidente, pela aparência, que este era o principal edifício do lugar, no qual a arquitetura não tinha saído de sua forma primitiva, ou seja  quatro paredes e um telhado. Todavia, não obstante a simplicidade de suas construções particulares, Antonina, como um todo, seria certamente classificada de lugarejo bonito e até pitoresco, situado, como está, entre terra e agua, ao pé de gigantesca cadeia de montanhas, a “Serra do mar”, e nas praias da linda baia de Paranaguá.

Não resta dúvida que, se o ancoradouro em Antonina fosse menos limitado em extensão, a cidade teria grande futuro diante de si, mas parece que havia somente dois canais, comparativamente pequenos, onde poderiam ancorar embarcações de qualquer tamanho. No momento, a vantagem de antonina sobre sua rival Paranaguá é a de se comunicar com Curitiba por uma estrada. Se, contudo, o plano proposto de se construir uma estrada de ferro de Paranaguá a Morretes, e dai para Curitiba, for realizado, e não o traçado que tem Antonina como ponto de referência, não resta duvida que o saldo de vantagens será transferido para a cidade anterior. Quando visitei ultimamente estas duas cidades, travava-se entre elas tremenda luta pelos jornais sobre esse importante problema da estrada de ferro". 
(...)




Thomas P. Bigg-Wither, Pioneering in South Brazil. 


sábado, 23 de junho de 2012

O INFERNO É O INFERNO

Uma singela visão da ponta de baixo da tabela da segundona; quem está ali, descendo a ladeira, já sente o hálito pútrido da Série C no andar inferior...

Meus amigos de blogosfera, o inferno é positivamente o inferno. Não basta você estar na série B, é preciso sofrer. Por quê? Por que sofrer? Isso eu deixo pra metafisica responder. Ser atleticano, hoje, é sofrer, sofrer como sofríamos em minha infância, os 12 anos que ficamos na fila no paranaense, os anos mais negros e menos rubros de minha sina de torcedor. O Atlético voltou a ser um time pequeno, depois de dez anos  de vitorias constantes.
O fato é que o rubro-negro não tem mais a Baixada, pelo menos até junho do ano que vem. Estamos, isso sim, numa ladeira, lá isso estamos. Tabela abaixo. Não vi o jogo lá de Fortaleza, só vi o relato da internet. Diz que foi um jogo aberto, mas que o time não tinha ataque. Pra complicar, aos 38 do segundo tempo, Paulo Baier, que até então era o salvador da pátria rubro-negra, perdeu um pênalti. No final, um a zero pro Ceará. E nós em décimo terceiro na tabela, em plena sexta rodada.
Não sei o que o tal do Drubscky pensou, mas o time entrou em campo sabendo ser inferior ao adversário, já guardado numa tática de esperar e partir pro contra-ataque. Coisa de time pequeno. Gusano, meu amigo afogado em magoas na garrafa de mezcal, me olha com ironia e me pergunta se eu queria algo num time que está mais preocupado com seu estádio. Eu sei, Gusano, mas nós não somos um time pequeno, apesar dele estar se comportando como um. Ele me olha com pena.
Enquanto isso, o Criciúma derruba os Américas, o de Natal e o Mineiro, e toma a ponta do infernal torneio, com 18 pontos, 11 na nossa frente. Ainda tem muito caminho para andar; até o Natal saberemos se o inferno continuará no ano que vem. Nem pensar! Meus amigos coxa-branca que tiveram essa experiência, hoje  pensando na final da copa do brasil contra o palmeiras, jogaram os dois anos seguidos no inferno para o subconsciente. Bem que fazem, esquecer esses momentos.
Enquanto isso, Dante Aliguieri e Virgílio, meus companheirs de Inferno, passaram rapidamente por aqui. Estão ansiosos com o jogo de amanhã da sua Itália com a Inglaterra pela Eurocopa. Rimbaud deixou sua Estadia no Inferno por um momento e saiu pra tomar umas com seu amigo Verlaine, pra afogar as magoas pela sua França, derrotada hoje pela Espanha. Do jeito que a Espanha tá sobrando, acho difícil escapar  essa. Enquanto isso, nós vamos esperar pelo Bragantino, lá em Paranaguá. Arre!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ANTONINA NA TERRAE DIDATICA



A revista Terrae Didática, em seu número 7, fascículo 2 publica um artigo da profa Maria José Mesquita e seus alunos do PET-Geologia (UFPR), com a minha colaboração, tratando de uma Oficina realizada durante o Festival de Inverno de Antonina de 2009. O título do artigo é: "A experiência da oficina "Do mito à natureza: educar o olhar para as Ciências da Terra" no Festival de Inverno de Antonina (PR)"

(pode-se baixar o artigo integralmente em PDF clicando aqui)

Foi a única vez que o Festival de Inverno acolheu uma oficina de cunho mais cientifico que artístico, graças ao espirito aberto de seu curador de então, o Prof. Romanelli, um grande amigo de Antonina, que tem inclusive uma tese de doutorado sobre a obra musical de Rellen Salu Bergth. A Oficina foi pensada no sentido de juntar temas ambientais e o espirito artístico que rola pelas ruas da Deitada-a-beira-do-mar durante os Festivais de Inverno. Foi uma boa experiência e muito bem avaliada pelos participantes.
O artigo que está saindo agora pela Terrae Didática, publicada pelo IG-UNICAMP, é um balanço da Oficina. A Terrae Didática, hoje a mais importante revista de Educação em Geociências do Brasil, está em vias de se tornar uma das mais importantes revistas de Educação do mundo Ibero-americano. 
Espero que apreciem. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

DORME, DORME, BLOGOSFERA...


Nesses dias chuvosos, chuva mansa e calma caindo pelos beirais das casas, a blogosfera dorme. Dormirá o sono dos justos, o sono daqueles que chegaram ao limite das forças e que, agora, sob a calma das cobertas, se recompõe para mais um dia de lutas? Ou dormirá sonos intranquilos, coração oprimido, sonhos com os monstros que o sono da razão produz?
Em vários locais da Deitada-a-beira-do-mar, pessoas ficam inquietas com essas chuvas que não cessam, dormem sonos intranquilos ao escutar o manso barulho das gotas no telhado. Lembram-se angustiadas de outras noites de medo e de desespero de um passado não tão distante. Mas, indiferente ao sono intranquilo dos que tem razões para temer o excesso de chuva, a blogosfera dorme.
O corpo fica cansado daquele lado, e ela, a blogosfera, se vira de lado, procurando uma outra posição, que logo encontra. Lá fora pessoas estão trabalhando, descarregando caminhões de mercadorias, transportando coisas de um lado pra outro, indo trabalhar no escritório. Os pés estão gelados, o sapato que molhou, as incomodações-outras da chuva que cai, mansamente, há vários dias. A blogosfera dorme.
Há seca no Nordeste. Milhões de pessoas sem água, nesta que é a mais silenciosa das catástrofes naturais. Falta água para a comida, para o banho, para os animais. As nuvens também não chegam para os agricultores do interior do Rio Grande do Sul, temerosos por sua safra de arroz, agora pouco irrigada. Longe de tudo isso, e debaixo de seus macios edredons, a blogosfera dorme.
Mas e esse sono, e esse torpor? Será que é só a chuva que cai? Ou dorme a blogosfera por outros motivos? A blogosfera dorme ou a blogosfera hiberna? A blogosfera dorme ou a blogosfera se ausenta, se cala, esperando um momento melhor pra se pronunciar?
A blogosfera dorme porque se ausenta, se ausenta porque espera. A blogosfera espera as definições da política, da rude política municipal, a única agenda possível neste ano de Olimpíada. Não se fala de esportes, não se fala de cultura, e muito menos de economia: a blogosfera capelista dorme sonha e acorda falando em política municipal.
Eu nem deveria estar aqui escrevendo, tenho outras coisas a fazer: aulas, provas, bancas e outros cavacos da vida acadêmica. Mas acho que devo me pronunciar, se houver quem queira escutar: a blogosfera anda em estado de espera para as tais das convenções dos partidos, pra saber como as composições das chapas serão fechadas. Ninguém aí pro Rio mais 20, pra final da Copa do Brasil, pro grandioso jogo do Furacão contra o Ceará no Inferno da Segundona. As pessoas querem mesmo é o poder.
Acho que devemos nos preocupar com o poder sim. A catalepsia da ultima semana na verdade corresponde a um tufão nos bastidores da cena, uma briga de foice que não é bonita de se ver. Tirem as crianças da sala. Como um comentarista do cotidiano nascido na terra de Bento Cego, tenho dois olhos e acho que vejo bem, embora a idade tenha me forçado cada vez mais ao uso de óculos. Óculos pra longe e óculos pra perto: qual será o melhor óculos pra ver? A blogosfera dorme. Quando ela acordar de novo, o que sonharemos?

terça-feira, 19 de junho de 2012

ANTONINA ANTIGA - IX



Escrever sobre essa foto me exigiu muito tempo e reflexão. A princípio parece uma coisa simples, uma mera imagem antiga da Rua do Campo – atual Conselheiro Araújo - próximo da colina da matriz e da atual praça Coronel Macedo. Ao fundo, os nossos morros do Bom Brinquedo e do Buraco da Onça. No entanto, ao olhar e re-olhar – convido o leitor a fazer cuidadosamente o mesmo – comecei a notar partes que estão juntas, mas pouco conectadas.
Logo de início, existe a árvore em primeiro plano, fazendo o contraponto para a paisagem ao fundo; não sei que árvore é, nem parece muito frondosa, mas ela enquadra a foto em primeiro plano, o que não é pouco. Onde andaria tal árvore? Com certeza já morreu, ou foi cortada em algum “arvorecídio” do passado? O fato é que não está mais lá, no alto da matriz.
Na esquerda da foto, atrás da árvore, se vê uma bela fileira de casas brancas. São casas coloniais, algumas das quais ainda estão de pé atualmente, servindo de paisagem para uma das mais belas áreas da cidade. São casas de fachadas simples, com eiras e beiras também brancas, portas e janelas quadradas, de madeira. Algumas janelas são levemente arqueadas. Quase todas as casas são simples, a não ser um sobrado na porção centro-esquerda da foto.  Mas todas elas tem a singeleza de coisa simples, de gente simples, sem abusos e rococós.
A Rua do Campo compõe a perspectiva no centro da foto. A calçada da esquerda se vai em linha reta; a da direita faz um ângulo, com o ponto de fuga no centro. Do outro lado da rua está a atual praça Coronel Macedo, o antigo campo que tantos cronistas antigos relatavam estar cheio de cavalos pastando. o nome era rua do Campo porque terminava no campo, o Campo do largo da matriz. No início do século, o Campo do Largo da Matriz se tornaria a Praça da República, e depois a praça Coronel Macedo de hoje. É marcante o contraponto entre a praça, cheia de árvores recém-plantadas e uma geometria neoclássica muito marcante e a rua colonial e meio barroca do outro lado. Será essa a tensão da antonina do século XX, de um lado o passado colonial e de outro o moderno? Fiquei matutando nisso ao ver a simetria das duas paisagens na foto.
Ao fundo da praça, diversas arvores, muitos coqueiros, que se juntam texturalmente ao mato dos morros ao fundo. Árvores, muito mato. Esse é o triângulo que se fecha sobre a rua colonial e a praça neoclássica. Ainda estamos vinculados a esse tripé, é essa a essência de nossa paisagem: casas antigas, representando o passado mítico; a praça de desenho neoclássico representando nosso desejo de progresso e modernidade.  E, por fim, o mato, representando a natureza (ainda) selvagem, que nos emoldura, embeleza e cria, por vezes, obstáculos ao progresso, na visão de algumas pessoas.
Por isso, talvez, a foto nos transmita certa paz e certa melancolia, como se ela mostrasse um passado quieto e tranquilo, sem as tensões do progresso e suas ânsias modernas e pós-modernas. A ausência de pessoas na foto colabora com esse sentimento.
Como uma provocação contemporânea, cabe observar que entre os paralelepípedos da rua cresce um matinho ralo, mas que já ocupa boa parte do calçamento, o que demonstra que o poder público nesse passado glorioso não cuidava lá muito bem da rua. Será um sinal de nosso crônico relapso? Ou será que por causa do foto o prefeito de então mandou cortar o mato no dia seguinte?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

UM GRANDE DESAFIO

A equipe "pequenos Einsteins" e sua engenhoca de dessassorear  lagos durante o  6o Grande Desafio 
No ultimo sábado, no ginásio de esportes da UNICAMP, teve lugar a final do 6o Grande Desafio, promovido pelo Museu Exploratório de Ciências. Foi muito emocionante ver milhares de jovens de todo o Brasil entusiasmados em brincar de ciência. Não só brincar, mas trabalhar, estudar e viver essa atividade tão importante. 
Eu tive a oportunidade de ter brincado disso no meu colégio, o antigo Valle Porto. Contando com a orientação de minha inesquecível professora Dona Vera Peixoto, montamos nossa exposição com diversos tipos de pedras - os chatos diletantes dizem que tenho que chamar de rochas - de nossa querida Deitada-a-beira-do-mar. uns tempos depois, montei, com a ajuda de meu pai, meu "laboratório" - uma coleção de rochas, insetos e experiências diversas. Em conjunto com meus queridos Zé Paulo Azim e Marcos Cruz Alves, fizemos várias experiências - até botar fogo no galpãozinho de seu Arijo, o avô de Zé Paulo, felizmente controlado a tempo...
Fiquei feliz em ver, através do trabalho da diretoria do Museu de Ciências, do qual minha querida Maria José é diretora Educacional, dar oportunidade a tantos jovens mostrarem seu talento...é isso aí, gurizada, vamos botar fogo nos laboratórios e construir a ciência brasileira do futuro....

domingo, 17 de junho de 2012

MENINOS, EU NÃO VI



Eu ainda não era nascido, mas me lembro muito bem: hoje, há cinquenta anos atrás, a seleção conquistou seu segundo campeonato mundial no Chile. Há uns anos atrás, segui com fervor uma serie de programas da TV Cultura que “retransmitiam” os jogos, com comentários de quem esteve lá, como Newton Santos, Zito e outros.
Não foi uma seleção de jogo bonito, como os times de 58, 70 ou 82. Mas, entre eles havia um gênio, o Mané. Um dos poucos Manés gênios da historia da humanidade. Como ele, em Copas do Mundo, só houve Maradona, em 86, e Romário em 94. Times ruins, ou velhos, ou sem criatividade. “Mas passa pra mim que eu resolvo”, teria dito o Mané do alto de sua autoconfiança nos gramados.
De dia, os treinos, os exercícios, os jogos. De noite, Elza Soares. Quem não se torna autoconfiante desse jeito? De acordo com Newton Santos, foi o amor de Elza por Mané, então na sua fase da paixonite aguda, uma das explicações para a boa fase do anjo de pernas tortas: fez gol de cabeça contra a Inglaterra, gol de fora da área, o diabo. E, ainda, recolheu um cachorro que havia invadido o gramado e que ninguém conseguia pegar. Enquanto todos perseguiam o pobre animal, Mané, o Garrincha, fez o que seria o óbvio, como seus dribles desconcertantes: assoviou e chamou o cachorrinho, que correu a ele, todo contente. Mané pegou-o no colo, carinhosamente, e o devolveu aos juízes. E o jogo continuou. Naquela copa, Mané só não fez chover.
(Enquanto isso, ontem, em Paranaguá, o festival de horrores do rubro-negro teve mais um episodio. Ainda bem que Virgilio e Dante Aliguieri, que estão acompanhando a Eurocopa, não estão aqui pra me zoar...)

sábado, 16 de junho de 2012

GRANDE DESAFIO



Hoje é o dia do Grande Desafio!!
sob a coordenação de minha querida Maria José Mesquita, diretora de educação do Museu de Ciências da UNICAMP, estará se realizando o 6o Grande Desafio. Nesse ano, o desafio é desassorear um lago. Contando com a participação de centenas de escolas pelo Brasil, é emocionante ver o empenho da gurizada, nesta que está a um passo de se tornar a maior olimpíada de Ciências do país. 
vejam o site do museu:
http://www.museudeciencias.com.br/6-grandedesafio/inicio/index

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DRUBS...QUEM?


Arthur Rimbaud, poeta francês autor  de "Uma Estadia no Inferno",  esperando para o embarque pra Paranaguá para assistir Atlético e Goiás pela segundona; estar no inferno é isso aí, poetinha!

É como disse na crônica anterior: não basta estar no inferno, é necessário “estar no clima”. Além de estar na segundona, é preciso amargar com outras coisas, como os jogos na segunda, terça, sexta, sábado. É preciso sofrer com os jogos em Paranaguá, muito embora para os bagrinhos isso seja até melhor e mais perto. É preciso sofrer com o time, que não é nenhuma Brastemp, com as obras da Arena  (que é só pro ano que vem) e sofrer com a diretoria, que joga contra o time o mais que pode.
Abri o site e vi o novo treinador: Drubs...quem? Confesso que já estava acostumado com o Carrasco e seu jeito “mutcho loco” de ser. Um treinador que põe três atacantes e manda o time ir pra frente é uma raridade no futebol brasileiro. Claro que é sempre risco, mas prefiro isso a treinadores no estilo “que empate o melhor”. Esse é o estilo daqueles treinadores que jogam com quatro zagueiros, quatro cabeças de área e dois atacantes que recuam pra ajudar a defesa. Gostei dos jogos que consegui assistir daqui, como os jogos da copa do Brasil contra o Criciúma, com uma chuva de gols de Guerron. Aliás, onde anda ele? E onde anda o tal El Morro? Esses vais-e-vens das diretorias, essas guerrinhas politicas internas e eternas dão um resultado bom e previsível, como já aconteceu com outras equipes: certo, estável e seguro mergulho na serie C. Ou, pior ainda, uma “Paranização” do time, que vai lentamente se acostumando e se acomodando  a ficar eternamente neste torneio do Inferno.
O problema é que, em termos de Técnico,  a diretoria atleticana sempre tem umas mágicas pra tirar da cartola: lembram-se do Lothar Matheus? O Carrasco esteve também nesta exótica lista de experiências alienígenas. Gusano, meu amigo e verme da garrafa de mezcal, sorri com seu sorriso desdentado cheio de dentes: “como assim? Outro treinador? Este veio de qual planeta?”. Engoli em seco. Ironias vindas de um verme que torce pro Pumas do México não é todo o dia que se recebe.
Estar no inferno não é trivial. É preciso método. Por isso, fui me consultar com o poeta francês Arthur Rimbaud, o autor de “Uma estadia no inferno”, clássico da poesia do século XIX. Com seu jeito blasé, o gaulês que passou por vários perrengues na vida, inclusive foi mercador de escravos e armas na África, deu uma risadinha de lado: “é preciso ver além das aparências”, me disse, enigmático. Mas quais aparências, eu quis saber. “ A preto, E branco, I vermelho, O verde, U azul”, me disse Rimbaud, repetindo seu soneto mais famoso. Hein? – perguntei, já meio sem saco pra essas esquisitices infernais. O poeta disse então que a resposta à minha pergunta  poderia estar  no Gigante do Itiberê, em Paranaguá.
 Infelizmente não estarei lá, pois tenho aula de campo no sábado com meus alunos da Biologia. Mas que se encha o estádio, transforme-o num caldeirão  e que haja mais uma vitória rubro-negra. Mas, já que estamos no inferno mesmo, caro Rimbaud, o tal do jogo bem poderia ser no Estádio do 29 de Maio em Antonina, que sempre tão bem recebeu o rubro-negro...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE CANDUCA


Depois de falar de um dos óbvios da politica antoninense, a candidatura Munira, agora vou tentar abordar outro tema, tão espinhoso quanto o anterior: quais as perspectivas e as chances de Canduca no tabuleiro eleitoral?
Lembro-me de ter assistido, em 2008, das janelas do restaurante Buganvil, a uma passeata da candidatura Canduca. Foi uma coisa pra mim impressionante e muito nova: as pessoas de branco, o clima alegre, quase de um desfile escolar. Pelo pouco que vi, foi um reflexo da candidatura Canduca e seu clima de paz-e-amor: com esse clima, sua candidatura conseguiu pautar uma eleição numa postura menos “briguenta” e mais propositiva.
Isso foi pra mim uma grande novidade em eleições que sempre foram muito mais acirradas e briguentas, com acusações de lado a lado, e muita, muita “marra”. Com essa postura, Canduca conseguiu ficar por cima da briga e, mesmo com um numero de votos ligeiramente menor do que na eleição de 2004 conseguiu se eleger contra dois candidatos fortes, como Munira Peluso e Kleber, que então estava com a máquina municipal.
O que houve desde então? Por um lado, Canduca procurou reorganizar a máquina pública, principalmente conseguindo zerar os Cadastros que permitiam ao município lutar por verbas públicas oferecidas pelo governo federal. Uma das maiores coisas dentre todas foi Hospital Silvio Linhares, que está sendo reconstruído.  Muito dessa conquista é fruto da ação de meu querido amigo Zé Paulo Azim, de longe o melhor secretário municipal da gestão Canduca, por isso mesmo cacifado para a eleição municipal. (Ao meu amigo-irmão Zé Paulo desejo boa sorte na sua nova carreira politica, tão cheia de desafios e percalços).   
Por outro lado, Canduca nunca teve medo de desagradar, quando necessário: mudou a cara da Feira-mar e de outros logradouros, o que lhe valeu muitas críticas. Nestes últimos anos, depois de muitas reclamações, inclusive as minhas, ele conseguiu manter a região central da cidade mais limpa, depois de terminar seu primeiro ano com as ruas ainda cheias de mato. Canduca, por outro lado, nunca participou ou interferiu na nossa ativa blogosfera, por mais que tenha sido citado de maneira negativa o mais das vezes. Esta postura paz-e-amor, considerados alguns de seus antecessores, é uma grande virtude.
Durante a catástrofe de março/2011 a atuação do governo municipal foi impecável. Todos lutaram muito, desde os altos escalões até o mais humilde funcionário, todos participaram ativamente na minimização da tragédia. A prefeitura, colocada de joelhos pela tragédia, lutou com um só.  Eu estava lá, eu vi. O atraso na construção das casas populares no Batel, por outro lado, está complicando muito sua imagem nessa área.
No entanto, Canduca deu algumas derrapadas, como na novela do barracão de fertilizantes e a mudança a toque de caixa do Plano Diretor Municipal. É necessário um grande ajuste no Plano Diretor Municipal, e não remendos na lei para atender os interesses de algumas empresas, como ficou parecendo. Em quatro anos, apesar dos avanços, o município também não conseguiu dar conta do problema do lixo embora, como já escrevi antes, este não seja um problema só da prefeitura. Envolve também a educação da população.
Contrariamente a muitos colegas de blogosfera, eu tenho uma visão positiva da gestão Canduca: se ele não foi um prefeito dos sonhos (e quem é?), também não vai entregar a prefeitura em pior estado que recebeu. Dizem que suas chances de reeleição são reduzidas, mas aqui da minha distância regulamentar não vejo isso, fora as reclamações que todos, Brasil afora, fazem de seus governantes. Aqui em Campinas, por exemplo, estamos há um ano sem prefeito e sem vice, cassados por um escândalo de corrupção, governados interinamente pelo presidente da câmara. Nova Friburgo, além da tragédia do clima, está sem prefeito pelo mesmo motivo. Querem coisa pior?
O fato de ser honesto obviamente não qualifica ninguém para ser político. Antes de tudo, é pré-requisito. Não sei como avaliar seus concorrentes, exceto Munira Peluso, já bafejada com a sorte nas urnas. Se a leveza do estilo de Canduca não nos fez subir às alturas, pelos menos conseguiu que não afundássemos na lama. Pode ser muito, pode ser pouco, não tenho os dons adivinhatórios de mãe Diná pra saber. Pai Zinho, meu guia espiritual, só me traz notícias do passado. No futuro, serão os próprios bagrinhos que definirão muito em breve isso tudo nas urnas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

EM JUNHO NA CAPELA


Efemérides Antoninenses (por Celso Meira)

01/06/1855    Instalada a Mesa de Rendas de Antonina

01/06/1968    Lei Estadual 5783 cria a APA (Administração do Porto de Antonina)

05/06/1947    Fundada a Assoc. de Proteção à Maternidade e à Infância

09/06/1917    Falecia o Coronel Francisco Antônio Marçalo

13/06/1839    Nascia, em Cachoeira-BA, Antônio Pereira Rebouças Filho

17/06/1782    Nascia, em Taquarí-RS, João da Silva Machado (Barão de Antonina)

18/06/1904    Nascia Manuel Eufrásio Picanço

20/06/1909    Falecia, em São Paulo,  o Monsenhor Manoel Vicente da Silva

20/06/1984    Falecia, em Curitiba,  Salvador Graciano (Nhô Belarmino)

21/06/1935    Falecia Aguinaldo Vieira da Silva (Profeta Aguinaldo)

28/06/1953    Inaugurado o prédio dos Correios


(Em recente conversa com Celso Meira, no lançamento do Livro de Eduardo Bó, conversamos sobre a oportunidade de publicar nos blogs e divulgar nos demais meios de comunicação algumas datas e fatos importantes no dia a dia da terra de Tube e Valle Porto; quem tiver sugestões, não se acanhem...)

domingo, 10 de junho de 2012

JANTAR PARA VINTE



(Thomas Bigg-Wither (1845-1890) era um engenheiro inglês; Seu relato parcialmente publicado aqui descreve sua estadia  em Antonina em 1872, como parte de um grupo que estava estudando o trajeto de uma grande ferrovia entre o Mato Grosso e o Paraná, então recém emancipado de São Paulo; trata-se de uma das mais completas e bem-humoradas descrições da Deitada-a-beira-do-mar no seculo XIX; nesta segunda parte Bigg-whiter nos conta do que ocorreu desde o desembarque até o jantar feito num hotel "improvisado" na Deitada-a-beira-do-mar.)

PARTE 2

Entre a multidão [no cais] estava e Sr. Hargreaves, que se nos apresentou falando um perfeito inglês, e ofereceu seus serviços para, sem demora, obter acomodações para todos. Ele falava inglês e português com igual fluência, conhecendo bem o Brasil em geral e Antonina em particular; sua assistência nos foi preciosa durante nossa curta estadia na cidade. Em menos de uma hora, depois de nossa chegada, por meio de sua generosa ajuda, fomos bem instalados, com malas e bagagem, no único hotel do lugar, cujo hotel, segundo minha firme opinião, foi posto temporariamente enquanto lá estivemos, para nos agradar, mas tirado logo depois que deixamos a cidade. O proprietário, Sr. Pascoal, nos recebeu com entusiasmo, declarando que nos podia acomodar a todos com facilidade, o que eu via mais como um problema matemático que pedisse demonstração do que coisa positivamente certa, pois, numa inspeção pelo hotel, vi que este possuía quatro quartos, com seis camas ao todo e nós éramos dezessete!
O nosso primeiro pedido foi “jantar”, ou melhor, ‘ceia para vinte”, e o mais depressa possível, pois estávamos esfaimados.
O hoteleiro recebeu o pedido com inimitável segurança e sangue-frio, como se estivesse acostumado a receber tais pedidos todos os dias nos últimos vinte anos, embora parecesse  ter ele  mandado pedir emprestado panelas, pratos, travessas e tudo o mais que fosse necessário para um grande jantar. Ele se portou sabiamente, evitando perturbar a nossa paz de espirito com as deficiências da casa, mas, ao contrario, se esforçava para nos agradar, atendendo aos nossos desejos. Éramos tratados de modo distinto, isto é, como hospedes que mereciam ser bem tratados e não como estranhos para serem roubados. Merece respeito o homem que pode assim superar o dia a dia para passar a algo superior, quando a ocasião exige.
Quase duas horas depois de dado o pedido, posta uma longa mesa para vinte pessoas, que rangia sob o peso dos pratos de carne cozida, frango e arroz e feijão preto, enquanto um fila de garrafas, algumas com o conhecido rotulo Bass and Co., enfeitava o centro em cuja cabeceira o Sr. Pascoal fazia as honras da casa, dentro da boa moda antiga.
Sentamo-nos todos e cada qual se servia, a si mesmo ou ao seu vizinho, dos pratos que estavam perto, sem considerar o conteúdo. A julgar pelo burburinho da conversação animada e continuada em todos os lados – as anedotas ruidosas, as risadas e o rápido desaparecimento das carnes e dos licores – dificilmente haveria reunião mais jovial e alegre que a desse jantar, não obstante a nacionalidade diversa dos companheiros, todos perfeitamente igualados, como irmãos.
Antes de terminar o jantar o hoteleiro se levantou e proferiu longo discurso de saudação (traduzido por Mr. Hargreaves) no qual ele se congratulava, primeiro, com a “Expedição”, pela sua chegada a são e a salvo da viagem, depois consigo mesmo, por ter sido o primeiro na província a ter o prazer de apresentar-nos os votos de boas vindas, o que, de fato, ele fazia de coração, em nome de toda Antonina, desejando o melhor à expedição pela obra importante que se encarregara de empreender.
O capitão Palm respondeu com pertinência, outros falaram a seguir e, quando deu meia noite, ainda permanecíamos sentados em torno da mesa festiva. Mas isso era natural, pois na ocasião Antonina homenageava a expedição por intermédio do Sr. Pascoal e dois acólitos seus, e também se despedia dos membros do III e do IV grupos, que deveriam partir as três da manhã com destino a Paranaguá.
(...)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A QUINTA RODADA NO INFERNO


Dante e Virgílio, tomando cerveja quente e assistindo no Régis´s Bar os jogos da  quinta  rodada da segundona


Semana que passou foi muito corrida. Estive dando um curso sobre escorregamentos para meus alunos, com uma saída de campo, que me exigiu bastante. Principalmente porque foi logo depois da minha volta da Deitada-a-beira-do-mar, que ocorreu na segunda passada, dia 28. Só depois, no dia seguinte à note, foi que vi o resultado do Furacão contra o Boa, de Varginha. Perdemos pro Boa!!
No dia seguinte, o ET de Varginha, que mora nos subterrâneos do prédio do Hospital de Clínicas da UNICAMP, conseguiu passar pela barreira policial-militar que o mantem prisioneiro, num dos mais secretos segredos do mundo, só pra me zoar, o fidaputa. É, perder pro Boa, e de virada, dá nisso, até ET vem te zoar. Meus colegas de inferno na segundona, a dupla formada pelo poeta e dublê de político Dante Alighieri e o poeta romano Virgílio, passaram o tempo todo me olhando com sarcasmo, dando uns risinhos em latim lá entre eles.
Mas eis que na semana que passou nosso grande Paulo Baier, que está na ativa desde que as legiões romanas conquistaram as Gálias, no ano 50 antes de Cristo, e ainda em atividade, nos redimiu. Um sonoro 3 a zero contra o Grêmio Barueri devolveu a autoestima ao elenco. O  escritor francês Stendhal, um profundo conhecedor da alma rubro-negra, escreveu um livro importantíssimo sobre Paulo Baier e a nação rubro-negra, intitulado “O Vermelho e o Negro”. Recomendo a leitura, até mesmo para as mais alvi-verdes das criaturas.
Não basta, entretanto, estar no inferno. É necessário, ainda por cima, ser um time sem estádio. Nossa peregrinação rumo à Arena prometida ainda vai durar ainda um ano. Até lá, teremos que peregrinar por diversos lugares, como o Gigante do Itiberê, ou o Germano Kruger de Ponta Grossa. Até o campo do Combate Barreirinha nos serve, se eles deixarem, claro está. A fina flor da diplomacia rubro-negra está empenhada neste trabalho, depois de ver, consternada, a grosseria alvi-verde e a desmedida ambição tricolor nos privar de desfilar nosso talento (ui!) sobre seus particulares tapetes de grama.
Não há de ser nada. Vagando pelo deserto, a nação atleticana no inferno sabe que um dia cruzará a pé o Mar Vermelho e Preto.  o mar se abrirá ao toque do cajado de nosso ancião Paulo Baier e nos fará alcançar a Arena prometida.
Depois de amanhã, tem o CRB lá nas Alagoas. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

DE PASSAGEM

Entre 24 e 28 de maio estive na terrinha; estava trabalhando com meus alunos nos morros de Antonina e na região de Floresta. Apesar da correria, deu pra ir no lançamento do Livro de Eduardo Bó, além de tomar umas bramas com meus amigos blogueiros Cequinel, Luiz Henrique e Bó. Foi muito  agradável, espero repetir outras vezes, camaradas. pena que depois submergi nas minhas atividades academicas. Mas jájá e dejáhoje estamos blogando normalmente. Aí vai uma bela vista da cidade, no alto do Morro do Salgado.