segunda-feira, 27 de maio de 2013

CHAPÉU DO FEITICEIRO

As nuvens no alto do Morro do Feiticeiro, na tarde preguiçosa da segunda feira passada; vistO de cima, bonito igual!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

AMOR, BELEZA, INSPIRAÇÃO

A baía mais bonita do mundo, vista do céu na tarde preguiçosa da última segunda -feira....

Passei um domingo preguiçoso na Deitada-a-beira-do-mar, em companhia de meus familiares. No finalzinho da tarde, quando os bares fecham e os trabalhadores dão sua sagrada e necessária  sonequinha de domingo, resolvi dar uma voltinha pela minha cidade natal.
Vi que o mato já está cobrindo grande parte das cicatrizes do 11 de março, como era de se esperar. O mato não espera pelo homem, ainda mais num clima quente e chuvoso como o da terrinha. Infelizmente, deu pra ver que pouca coisa se avançou além da pura e simples desocupação de algumas áreas mais atingidas.
Dei uma volta pelo portinho, onde se vê poucas marcas da tragédia. Alias, as marcas ali foram realmente bem poucas. O problema no 11 de março por ali foram os escorregamentos e as cicatrizes que se abriram no solo morro acima, que indicavam o risco de serem retomados vertente abaixo, aí sim atingindo casas e pessoas. Hoje se vê algumas velhas casas de madeira sendo demolidas e as casas de material vão muito bem, obrigado.
Lá longe, a vista da baia era muito bonita. Uma maré vazia daquelas de fazer as aguas se espelharem. Os morros lá atrás, os barcos e casas, tudo foi se construindo, na maravilhosa luz de uma beleza atroz, como a baia de Antonina sabe ser. Sim, a beleza pode ser atroz, assim como a feiura pode ser cândida. Cândidos são alguns quintais do Portinho e da Graciosa, alguns malcuidados, com lixo, restos de construção, denotando certa falta de asseio. Outros, ao contrário, até com o chão varrido, roupas obedientes tentando secar ao friozinho e à maresia daquela tarde de domingo um tanto fria.
Na segunda feira, indo embora de ônibus, senti a crueldade da minha terra.  Havia uma maré cheia estúpida de tão bonita, como me dizendo: “deixa disso, não vai não, fica por aqui sentindo o vento na cara e ouvindo o barulho das garças e gaivotas, a vida não pode ser melhor que isso”. Pior que era verdade, nada podia superar aquela beleza. Cruel ir embora assim, deixando tanta boniteza pra trás.
Mas fui. Nem fotografar quis, pra só ficar com a imagem na memória.
Já no avião, vi que minha terra continuava a me aprontar. Quando o jato fez a volta pra seguir sua rota, passou por cima da baia no instante do por do sol, ali pelas cinco horas. O reflexo do sol baixo, nas águas da baía de Antonina, deixaram-na dourada, com a silhueta da terra firme e das ilhas marcando seu contorno. Parecia uma imensa cornucópia, aquelas conchas espiraladas da mitologia, do interior da qual brotavam alimentos e bebidas sem cessar. Depois, o avião mergulhou nas nuvens e nada mais vi.
Aqui onde estou, de volta às obrigações, me impus voltar a escrever no blog. Este andava sumido, sem tempo nem paciência. Meus leitores que me perdoem, mas dei uma cansada. A blogosfera capelista anda meio chata e repetitiva, mas sei que parte disso – a que me cabe – é culpa minha, só minha.
Vamos lá. Que a beleza da Deitada-a-beira-do-mar nos sirva de guia e inspiração.