sexta-feira, 27 de março de 2015

A POLÍTICA FAZ TUDO (o curador, o médico e a política)


No dia 24 de maio de 1951 a convite do candidato a prefeito pelo Partido social Democrático Dr. Pedro Daros, fui em companhia do mesmo à Ponta da Pita e redondezas, em propaganda de sua candidatura.
Depois de percorrermos os diversos moradores, fomos à casa do cidadão Manoel Roza, o qual esta em tratamento de saúde com o Dr. Pedro Daros.
Fogo de chega (época de eleição) o Dr. Daros (muito interessado, como todo politico faz) pergunta do estado de saúde do Sr. Roza.
O mesmo logo se pronunciou:
Doutor o meu caso era muito diferente do tratamento que o Senhor fez. Era feitiçaria, um sujeito que queria me atrazar a vida e me matar com feitiço...
O Dr. Daross, concordou dizendo: “Que monstro, que perversidade! E como curou-se?”.
"Com um curador, que me contou toda minha moléstia, e mandou que eu me retirasse d'aquela casa".
O Dr. Daros: “Que coisa formidável, esse homem fez todo o diagnostico...
E continuou o Sr. Roza: “Me deu umas garrafadas, uns benzimentos, e eu fiquei curado”.
O Dr. Daross animado não com a cura, mas com a politica, disse: “Esses curandeiros são formidáveis...”.
E eu com meus botões ouvindo toda presepada do curador e a politica, fiquei certo que se o Dr. Daros fosse curador e não medico, com as garrafadas e benzimentos, seria com mais facilidade eleito.

E quando nos achávamos longe da casa do Sr. Roza eu disse ao meu amigo Dr. Daros: “Ao menos uma vez na vida o Sr. Foi obrigado a acreditar em feitiçaria e nos curadores. A politica faz tudo”.

segunda-feira, 23 de março de 2015

FASCISTUS sp

(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)


fascistus foi um gênero de vermes muito comuns no início do Cenozóico. Existem indícios de uma ampla especiação em escala planetária, com registros fósseis mais importantes no eoceno da Itália (fascistus sp) e posteriormente uma espécie mais virulenta no oligoceno alemão (fascistus nazionalsozialistus). Existem registros que o fascistus, proliferando-se a partir das cervejarias de Munique, tornou-se a espécie dominante no mioceno alemão, também com registros um pouco posteriores na Espanha (f. francus) e Portugal (f. salazaristus), entre outros.
fascistus era uma espécie muito agressiva, ameaçando seriamente o espaço vital de outras espécies importantes em diversos ecótones, às vezes assumindo o papel de exterminação em massa (Mengele & Eichmann, 1943). Particularmente ferrenha foi a disputa de espaço entre os fascistus sp e o sinistrus sp (ver sinistrus) em varias partes do planeta durante o plioceno (Molotov & Ribentropp, 1939).  Alguns roedores do mioceno da Inglaterra (Liberalistus anglicensis) também foram competidores do fascistus (Chamberlain & Churchill, 1940). Um pouco mais tardio, o mamífero Roosevelticus newdealorumdo mioceno e plioceno da America do norte também foi um importante competidor do fascistus, apesar de suas notórias dificuldades de locomoção dos membros inferiores (Eisenhower et alii, 1941, atas do Congresso de Palentologia Imaginária de Pearl Harbour). A conjunção destes diversos competidores, assim como a falta de alimentos e combustíveis em seu próprio habitat levou à extinção violenta da maioria das espécies de fascistus ao fim do pleistoceno (cf. atas do Congresso de Paleontologia Imaginária de Nuremberg, 1946). Entretanto, algumas espécies isoladas de fascistus sobreviveram e chegam até os dias de hoje, embora muito insignificantes na moderna cadeia alimentar  (Olavo de Carvalho, com oral, 2014).
Na America do Sul tivemos duas épocas de irradiação do fascistus. Antes do Plioceno, tivemos alguns espécimes de platielmintes que mimetizavam o fascistus, adquirindo alguns de seus hábitos, como o Salgatum integralis do Brasil e o peronius fascistus da Argentina. O Salgatum integralis, de coloração verde, era praticamente inofensivo, embora tivesse língua ferina (Lacerda, 1954; Quadros, 1961). Já o peronius foi mais importante, e derivou para outros espécimes com características bem distintas da original, embora ainda pertencentes ao gênero peronius, como o p. montonerus, o p. menemistus e, atualmente, o peronius kirchnerii (Borges & Casares, Imaginary Paleontology review, Special Issue, 1988).
fascistus, principalmente da subespécie milicum, reintroduziu-se tardiamente na America do Sul a partir de locais na America do Norte depois do fim do plioceno (McCarty, 1953; Nixon, 1968, atas do Congresso de Paleontologia Imaginária da Filadélfia).  Instalando-se em diversos ambientes diferentes e, sem competidores naturais à altura, o fascistus dominou o continente sul-americano durante o pleistoceno inferior. Foram particularmente importantes of. mediciis e o f. videlius, no Brasil e na Argentina respectivamente (cf. Costa e Silva, 1968; Galtieri & Massera, 1975, Imaginary Paleontology Review). Uma das espécies mais resistentes, o fascistus milicum pinochetieri, do pleistoceno chileno, foi particularmente letal, tendo alguns espécimes sobrevivido até perto do presente (Bachelet & Frei, 1991, atas do Congresso de Paleontologia Imaginária de Viña Del Mar). Apesar de ter sido julgado extinto ou controlado, ainda temos muitos casos de contaminação por fascistus em diversas partes do mundo (Sarkozy & Le Pen, 2002; Berlusconi, 2005; Índio do Brasil et alii, 2010). Mais recentemente, descobriu-se tratar não de vermes do fascistus típico, mas espécies de piolhos que provocam uma sarna e dão arrepios ao coçar feridas antigas e já cicatrizadas, como o milicus depijamus e o filhotis dictaturii (Kataguiri & Harakiri, 2015), deixando os organismos de saúde sob alerta. Xô, fascistus!!

 (NE - Por vezes, o fascistus pode infestar as aves da família dos ramphastidae. De quatro em quatro anos, quando trocam as penas sob a influência da infestação genérica de fascistus, estas aves perdem as penas e, completamente calvas, emitem um canto triste, retrógrado mesmo [R. Azevedo, comunicação verbal]. Quem já ouviu confirma que é muito triste aquele cantochão vindo de aves de tão bela plumagem).

PS - Neste breve post não nos referimos a especies ainda vivos, só os já devidamente extintos. Mas, na Paleontologia, mesmo na Paleontologia Imaginária, tudo é uma questão de tempo...

sexta-feira, 20 de março de 2015

EMBAIXO DE NHÁ MESSIA


Há muitos anos no prédio de propriedade da família Gomes, na parte alta, morava uma senhora por nome Messias.

Certa vez aportou em nossa terra um ganha-vida-fácil, com um aparelho daquela época conhecido por kosmoramus e alugou a parte baixa o fora da casa de Nhá Messia. Foi uma coiza nunca vista, todos queriam olhar no tal kosmoramus, e o proprietário fazia de seu caça-vintém o meio de vida.

Um caboclo vindo à cidade e sabedor do fato, também quiz olhar e levar a boa nova para o sitio. Seria uma grande novidade. Nhô Bastião foi olhar também.

E assim o fez. Ficou muito satisfeito, e voltou logo para o sítio para contar o sucesso, o que tinha visto.

O quando chegou em casa logo a primeira coisa foi contar a mulher: “Ah muié, você nem sabe o que eu vi, só você indo também pra vê”. E a mulher do Bastião diz: “Conta home!”. Ele de tanta alegria dizia: “Mas eu até de bonito nem sei contá o que é aquilo! Só sei que, em baixo de Nhá Messia tem uma coisa que se espia!”.

E a notícia correu por toda a parte nos sítios.

quarta-feira, 18 de março de 2015

LUIS POLACO RI SOZINHO

Depois da chuva, secar as asas...(foto Eduardo Nascimento)

Passei o ultimo dia 11 de março trabalhando e pensativo. No céu, nuvens negras estavam carregando e trazendo a chuva benfazeja que tanto esperamos para nossos minguados reservatórios. Os meses de seca serão muito ruins este ano, mais que nos anos passados. No final do dia a chuva veio forte, chuva de verão, a inundar meu quintal e desentupir as calhas aqui de casa.
Comecei a pensar num outro 11 de março com chuva, o de 2011, aí na minha querida Deitada-a-beira-do-mar. Tentei pensar na crônica que escreveria sobre o assunto, que me toca tão de perto. Mas as frases não vieram, o assunto não deu liga, e eu fiquei pensando o porquê.
Na verdade eu queria escrever era sobre outra data, o 14 de março de 2011, que foi o dia em que cheguei à cidade para ajudar nos trabalhos dos deslizamentos. O que vi era uma cidade de joelhos, mas as pessoas estavam mais participativas, solidárias, como só a tragédia sabe fazer. Estavam ali os mutirões de gente pra ordenar material a ser distribuído a quem estava desabrigado, as pessoas abrigadas em casas de parentes, os funcionários da prefeitura subindo e descendo fazendo coisas, Canduca e seu secretariado no quartel dos bombeiros discutindo o que fazer (e fazendo). As ruas eram um formigueiro de gente atarefada e, porque não dizer, feliz. Lembro que fiquei tão animado que falei isso pra Canduca e pro Cel. Cicinho: era uma oportunidade de Antonina se reinventar. Escrevi isso aqui no Bacucu com Farinha (aqui).
Por mais que tudo estivesse literalmente caindo, era melhor que o ânimo de hoje. Quando estive recentemente na cidade, o papo era o mesmo: “Jeffe, Antonina não tem jeito”. “A roubalheira tá demais, seu!”. “Também, com esse prefeitinho...”.
Ontem, Eduardo publicou no seu blog um post bem pessimista, “Reage Antonina” (aqui), no qual mostra o desânimo com a administração (?) da cidade. Com todo respeito, meu caro Eduardo, acho que, pela sua saúde e a de todos, é preciso mudar o foco.
Não que não seja preciso combater os maus governantes. É preciso denunciar o Triste João, o Vazio João (veja aqui), o tal que tem até biografia na Wikipédia (veja aqui), mas ao qual falta estofo e integridade para ocupar o cargo que ocupa. A Administração de João D’Homero tem que ser combatida, e isto apesar da Câmara fraca que temos (com as honoráveis exceções que tanto conhecemos). É perfeitamente explicável o desânimo que toma conta das pessoas. (Aliás, cabe a pergunta: onde está a tal Comissão Processante?).
Mas Antonina é sempre Antonina. A Antonina do mar, da arte e do amor é muito maior que um prefeito vazio de ideias e cheio de ambições pessoais. Não é porque o prefeito é um narciso que acha feio o que não é espelho e que aparelhou a prefeitura em busca de ganhos fáceis que as pessoas vão desistir. A cidade fica, os prefeitos passam, como tantos já passaram...
Talvez seja preciso mudar o foco. Meu querido amigo Orlandinho Bittencourt me dizia sobre isso na ultima vez que estive aí na terrinha, logo depois do carnaval: Antonina precisa (as pessoas precisam) ter uma visão menos institucional e de mais cidadania. Concordo com ele. Associações, como a do Turismo e a Associação Comercial, associações de bairros e outras podem ser uma saída contra o desalento. Eventos sem ajuda oficial, como o Jequiti Cultural, são prova disso. Morretes é prova disso.
Antonina é uma cidade cheia de gente que adora trabalho voluntário, que adora causas coletivas, que adora ajudar. Por que não usar isso a favor? A reação talvez seja por aí. Não adianta nada ficar falando pelas ruas, como se isso colocasse neurônios na cabeça de quem não os tem (ou tem só pra ostentar). É preciso recuperar a cidadania no seu mais alto grau. Como? Não tenho receita magica, nem ninguém tem. Mas o coletivo que quer realmente mudar tem mais força, pois o produto da energia de  todos é maior que a soma das partes.
Povo unido não precisa de governo. Taí, falei! São Bakunim, rogai por nós!!


(contraponto pessimista ao meu anarquismo fora de hora: enquanto isso,  o Vereador Luís Polaco, lá na Ponta do Felix, olha as nuvens se formando por sobre o morro do Feiticeiro e ri sozinho, olhando pela janela )

sexta-feira, 13 de março de 2015

É FEIO, MAS BANCA HOTEL


Quando Interventor do Paraná, o saudoso Sr. Manoel Ribas possuía um cão, que o Paraná inteiro sabia "O buldogue do seu Ribas".
E era um animal muito feio, a meter medo. Por volta de 1936 o Sr. Ribas veio em Antonina em companhia de Da Anita e trouxe o tal buldogue, tendo hospedado-se no hotel Antonina.
Na manhã seguinte passava pela calçada do hotel um pretinho conhecido por Músico em companhia de outro garoto de sua idade, de 12 anos.
O sr. Ribas, era um homem de aparências feias a expressão da verdade , em feiura os dois aparentavam, o buldogue e ele.
Como disse o negrinho e seu colega passavam na calçada do hotel, seu Ribas na porta em pé, e o seu buldogue na calçada.
O negrinho ao ver o cão, não reparou o seu Ribas e Disse ao seu colega!
"Ui...que cachorro feio, virgem nossa senhora! Dizem que todo o traste se parece com o dono...se o dono desse cachorro fôr feio como ele é outro bicho..."
O seu colega deparando com o seu Ribas, disse..."Olha ali, é de seu Ribas!" (que assistia tudo).
O pretinho não se deu por vencido, e acrescentou..."Cachorrinho você é feio mas banca hotel Antonina em quarto de primeira, o que muita gente bonita tem vontade e não pode fazer".
3/Maio/51

segunda-feira, 9 de março de 2015

DE VOLTA PARA O FUTURO

Não, não é uma maré de lua: é a subida do nível do mar devido ao aquecimento global fazendo os bagrinhos ocupar o alto do morro do Bom Brinquedo em março de 2062

Estamos no ano de 2062.  Com o aquecimento global, o nível dos oceanos subiu três metros em todo o planeta. Com isso, amplos trechos da cidade ficaram submersos. Sobrou a colina da matriz, transformada de novo em ilhazinha batida pelas ondas, e o morro do Bom Brinquedo, que virou ilha do Bom Brinquedo. Os bairros ficam isolados, as pessoas não têm como se mover, não há barcos pra todos. O caos se instala. Não há alternativa, pensam os habitantes, a cidade vai ter que se mudar. Pra onde?
Existe um lugar, apontam os técnicos do governo do estado, é a região de São Joãozinho Feliz. Lá deve se localizar a Nova Antonina, distante da velha Antonina tão cheia de pecados e agora tragada pelas aguas do aquecimento global, como foi previsto pelos profetas do inicio do século XXI. É uma nova oportunidade de zerar tudo e começar de novo, sem os erros do passado.
 Ótimo, diz a prefeita da época, vamos desapropriar essa área e vamos construir a nova cidade. Todos ficam felizes com sua determinação. O Governador vai até lá de helicóptero, abraça e beija as criancinhas e diz que vai mandar dinheiro. O Ministro também prometeu liberar as burras da administração federal pra salvar a cidade submersa.
Mas, há empecilhos: alguns proprietários querem se livrar logo de suas terras, outros elevam o preço até as alturas. O dinheiro não chega, não chega, e, quando chega, é um terço do dinheiro inicialmente previsto. Há que se fazer licitações para construção das ruas e das casas. As licitações são lentas, pois desde o inicio do século pioraram muito as leis de licitação para evitar a corrupção politica. Somente empresas marcianas de ilibada reputação se candidatam.
Onde vão ser as casas? Quem vai ter acesso a elas?  Nesse momento, a elite da cidade, que ninguém achava que existia, toma a frente e requer os melhores lugares. Depois, a classe média e, por fim, o povão ocupa o que sobrou, ou seja, alto de morro, beira de rio, locais de mangue. O terreno todo é ocupado, alguns proprietários são indenizados, de preferencia os amigos da prefeita ou do deputado amigo da prefeita. Os outros que se virem. A oposição reclama, os blogs reclamam, mas a caravana passa. A nova Antonina inicia as obras de sua refundação.
Quando os operários executam a primeira sondagem, um cheiro ruim invade a área. Mulheres desmaiam, crianças choram, e um cheiro de ovo podre toma conta do ar. Um velhinho bem velhinho se lembra de que era ali, naquele lugar, que no século XX e começo do XXI que os capelistas jogavam seu lixo. O terreno mole começa a afundar, engolindo a super-escavadeira recém-comprada pela prefeitura, tragada pelo solo colapsível do lixão, ops! Aterro Sanitário.

Em meio ao caos que se forma, alguém pergunta pra prefeita o que fazer. Atarantada, como todos por ali, a alcaidessa olha em redor e grita: “vamos pra Morretes! Eu já moro lá e é pra lá que nós vamos!” A multidão começa a pegar suas tralhas e uma longa peregrinação começa pela estrada do Sapitanduva em direção à terra de Rocha Pombo. Os anônimos dos blogs não vão ter mais do que reclamar, pois alcançamos finalmente Morretes, a perfeição na Terra. Lá não jorra leite e mel, mas é mais limpinha, organizada e tem emprego nos restaurantes. Que não haja medo do futuro nem saudade do passado: ao virar a última curva, onde ainda se avistam as ruínas de uma antiga cidade deitada embaixo do mar, que ninguém olhe para trás, por via das dúvidas. 

(Publicado originalmente no  Bacucu com Farinha em 5/maio/2012)

sexta-feira, 6 de março de 2015

BOSSANOVUS

(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)

O bossanovus sp foi uma dos gêneros fósseis mais representativos do cretáceo brasileiro. Tiveram uma rápida especiação e distribuição em escala planetária, tendo desaparecido ao final do período. Foram encontrados grandes exemplares fósseis de Bossanovus em toda a zona sul do Rio de Janeiro, que era o principal reduto da espécie. O Bossanovus foi produto das camadas médias do cretáceo carioca, tendo sido o genial resultado do cruzamento do sambistus sp dos morros cariocas com algumas espécies mais instrumentalizadas da zona sul, durante o triássico (Lyra, 1961).
Um dos maiores exemplares encontrados é o do antonius brasileirus, também conhecido pelo nome indígena de “jobim-açu”. Foram encontrados diversos exemplares que atestam a grandeza da espécie, como o “puella ipanemorum”, fóssil-tipo do plio-pleistoceno carioca (Bôscoli, 1962). Outros exemplares importantes foram o “Redentorii sp”, encontrado no sopé do morro homônimo, assim como outros dispersos em avalanches e soterrados pelas águas de março (Cesar Camargo Mariano, comunicação pessoal, 1972).
Outro espécime importante foi o joaogilbertus. Apesar de ser monocórdico e desafinado, o joaogilbertus também tinha um coração. Era um espécime sensível, e se retirava do ambiente à menor dissonância, o que acabou levando à sua extinção. Intratável e inaudível, mesmo assim o joaogilbertus teve grande difusão entre os outros bossanovus.
O vinicius demoralis foi outra espécie característica do gênero bossanovus. Tinha uma boa associação com o antonius brasileirus, com a reprodução de inúmeras peças importantes do gênero bossanovus. Mais tarde, também se associou com o badenpowell afrossambus e, já próximo da extinção, com o toquinhus sp. O vinicius demoralis era uma espécime apaixonada, e antes com tal zelo e sempre e tanto, que teve muitos acasalamentos assinalados no registro paleontológico. Alimentava-se do canis engarrafadus, espécime produzida na Escócia e envelhecida 12 anos em barris de carvalho, o que pode ter provocado, segundo alguns autores, a extinção do vinicius sp já durante o plioceno.
Já no jurássico foram descritos alguns exemplares do gênero bossanovus no sitio fóssil do Beco das Garrafas (ver Johnny Alf  et alii, 1959, “Grandes Sítios Paleontológicos Imaginários Fosseis Do Brasil”, volume III). Nesta área apresentavam-se diversos fosseis em pequenos espaços noturnos. Entretanto, tinham o hábito de sair em manhãs de luz e à tardinha, para observar barquinhos e patinhos. Em geral, o bossanovus tinha repulsa por se alimentar de ramos de tinhorão (tinhoramus sp), que provocavam nojo e urticária, principalmente no antonius brasileirus.
A difusão do gênero bossanovus foi muito rápida, tendo alcançado algumas regiões da America do norte, onde foram encontrados no sitio paleontológico imaginário de Carneggie Hall e também na Europa, como na região de Montreux (Getz & Sinatra, Imaginary paleontology review, 1980).
O gênero bossanovus foi muito importante na difusão de outros espécimes mais recentes do gênero mpbistus. Porem, depois de certo tempo, não houve mais renovação, e o bossanovus foi somente se repetindo.  Com a extinção dos espécimes maiores, subsistiram somente alguns exemplares menores, um banquinho e um violão. A repetição exaustiva dos espécimes consagrados não surtiu efeito de produzir alguma modificação no paleoambiente que levasse a novos gêneros modernos. Por fim, exausto e sem criatividade, o último bossanovus se extinguiu completamente ao final do cretáceo. Chega de saudade.

quarta-feira, 4 de março de 2015

DOUTOR PELO REEMBOLSO POSTAL


Certa ocasião na Câmara Municipal o vereador Alfredo Jacob, desejando fazer prevalecer a sua personalidade, estava com a palavra e recebia diversos apartes, entre os quais do vereador Manoel Picanço. Desejando fazer demagogia, respondeu ao aparte dizendo que ele, formado de acordo com o título que possuía, não responderia aos apartes do vereador Picanço, porque este vereador somente servia para ministrar crianças...
E o vereador Picanço respondeu...

Eu somente sirvo para ministrar crianças, porque não tive a felicidade do nobre colega em receber um titulo de Doutor pelo reembolso Postal”.

domingo, 1 de março de 2015

ANTONINA EM MARÇO




01/03/1841

 

A Freguesia de Morretes era elevada à Vila, desmembrando-se de Antonina

01/03/1876

Nascia João Thiago Peixoto

02/03/1870

Nascia Francisco Antônio Marçalo (Coronel)

05/03/1919

Falecia, em São Paulo, o Dr. Brasílio Machado

06/03/1972

Era fundada a Escola de Samba Batuqueiros

08/03/1851

Nascia Manoel Vicente da Silva (Monsenhor)

09/03/1854

Nascia, em Castellabate, Salerno, Itália, Francesco Antonio Maria Matarazzo

11/03/1836

Nascia, em Morretes, Manoel Alves de Araújo (Conselheiro, Ministro do Império, Presidente da Província)

13/03/1939

Inaugurado o Grupo Escolar Rocha Pombo

14/03/1881

Nascia, no Rio de Janeiro, Henrique Lage

16  a 17/03/1955 

Os estudantes do Ginásio governador Lupion, em signal de protesto pela falta de luz elétrica na cidade, acenderam velas pelas ruas e levou a efeito um desfile das velas, sendo 2 estudantes detidos pela policia, os dispersando a cacetetes, reinando indignação na cidade, 1 estudante foi prezo. (ANOTAÇÕES MANECO PICANÇO)


19/03/1875


Falecia, em São Paulo, João da Silva Machado (Barão de Antonina), primeiro senador pela Província do Paraná)

19/03/????

Nascia, em Diamantina, MG, José Justino de Mello (Dr.)

21/03/1795

Nascia, em Lisboa, o príncipe Dom Antônio

22/03/1865

Nascia Francisco da Costa Pinto (Padre)

23/03/2007

Falecia Alceu Ribeiro Baron

25/03/1908   

Nascia, em Jaguariaíva, PR, Moisés Wille Lupion de Tróia

27/03/1996

Falecia Dona Júlia Graciano (Nhá Gabriela)

29/3/59

Domingo de paschoa  - o Primeiro e único concurso de bambolê para crianças foi levado a efeito no Clube dos Operários - venceu a menina Eneide Galvão do Rio Apa. (ANOTAÇÕES MANECO PICANÇO)