(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)
Uma das mais impressionantes espécimes de hominídeos foi o homo lattes, que habitou as porções mais
altas da garganta de Olduvai, na Tanzânia, onde foram achados seus restos. Os exemplares desta espécie viviam em
ambientes pares, evitando fortemente ambientes impares (FNDE, 1998). Seu
principal habitat era a “Plataforma dos homo
lattes”, uma região de relevo tabular raso pouco acima da entrada de
Olduvai, nas cabeceiras do rio CNPQ, um dos formadores do lago MCT.
O homo lattes,
neste ambiente meritocrático agreste e semidesértico, alimentava-se somente de
pequenas comprovações e citações (CAPES, 2010), fato que limitava muito a
irradiação da espécie. De fato, as ocorrências fósseis mais importantes se
restringem aos pequenos “montes acadêmicos”, pequenas elevações próximas a
cavernas onde as ocorrências de registros
da espécie eram mais abundantes.
Segundo Osbourne Leakey, primo do antropólogo Richard Leakey
(O. Leakey, conferencia de abertura do 1º Congresso Brasileiro de Paleontologia
Imaginária, Brasília, 1992), as ossadas de homo
lattes apresentavam fortes indícios de problemas de coluna e ossos fracos,
por trabalharem obsessivamente , quase sempre sentados escrevendo em cavernas
mal ventiladas. Trabalhavam com artefatos bastante diversos dos demais
primatas, tentando fazer artefatos estranhos e de pouca utilidade, como pontas
de flecha sustentáveis e anzóis de osso que não capturavam adequadamente os
peixes. A cada tentativa, no entanto,
anotavam tudo escrupulosamente nas cavernas da região.
Uma das mais famosas destas cavernas é a Curriculum Cave
(INEP, 2007), onde estão preservadas as produções do homo lattes, como por exemplo as participações em Diretórios de
Grupos ao Redor do Fogo, as orientações de trabalhos e participações em caçadas
a manadas de antílopes e outros mamíferos. A maneira de escrever estas
produções era bastante trabalhosa e consumidora de tempo, mas parece que havia
algum sistema de recompensas para que se fizessem tais registros e os
mantivessem atualizados. Percebe-se pelo registro paleontológico que muitos
avanços foram realizados. Na Curriculum Cave 2, já no pleistoceno, por exemplo,
já era possível identificar os co-autores e recuperar citações.
O Homo lattes
tinha como predador os temíveis Burocraticus
capensis (capes, 2011). Esta espécie de carnívoros, que habitava o Planalto
Central logo acima da Plataforma dos homo
lattes, frequentemente exigiam dos
homo lattes novas e mais elaboradas inscrições nas cavernas. O Burocraticus capensis também
administrava um sólido sistema de recompensas com a distribuição de pequenas
bolsas de couro de antílope, que era revisto trienalmente e que provocava
grandes tribulações aos bandos (perdão! Diretórios de Grupos) de homo lattes (CAPES, op. cit).
Não existem indícios seguros das causas da extinção do homo
lattes. Uma das mais prováveis é a mudança climática na região dos montes
acadêmicos ao final do Pleistoceno, com o fim da distribuição de bolsas pelos Burocraticus capensis. Outra provável
causa é a competição com o homo sucupirus,
que surge na região ao final deste período e que disputa avidamente com o homo
lattes o controle da plataforma. Outros autores afirmam, no entanto, que o homo lattes se extinguiu porque não
conseguia mais fazer nada sem colocar lá dentro da caverna. Nem festa da firma
nem aniversário de criança, tudo era colocado lá na plataforma do homo lattes.
A falta de espaço num ambiente tão exíguo provocou a extinção da espécie antes
do fim do pleistoceno.
No entanto, resta a questão: com os homo lattes
extintos, quem ficou atualizando a
plataforma?
Parabéns, Jeff, outro texto muito engenhoso sobre espécies extintas!
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