Em
uma das gestões do Dr Heitor Soares Gomes como prefeito Municipal, teve o mesmo
que ausentar-se do município.
Por
força de Lei, teria que passar a Prefeitura ao seu substituto, o Presidente da Câmara,
um cidadão semi-analfabeto, que na gíria popular malmente sabia assinar o nome
(deixo de mencionar o nome da ilustre autoridade da época, para não ferir seus
descendentes).
Mas
o Dr Heitor, sabedor da situação, explicou: “Todo requerimento que entrar
somente faça este despacho - Aguarde oportunidade - e quando for pedido de
emprego como professor ou outros cargos, despache ‘Aguarde oportunidade não há
vaga’”.
Explicou
tudo muito bem, que na sua volta resolveria os assuntos, pois a sua auzência
era de uns 20 dias o mais tardar.
Fez
ciente que um caboclo conhecido por Manequinho Centenário andava pleiteando um
cargo de professor no Quatinga, e que seu interino desse o requerimento
conforme fora indicado. Tudo certo, tudo feito, o Dr Heitor transferiu o cargo.
Acontece
que dias depois morre no sitio a mulher do tal Manequinho. O mesmo vem tratar
do funeral e requereu licença para o sepultamento no cemitério de São Manoel.
Resolveu
falar com o Prefeito. Foi ao gabinete, quando o mesmo ia entrando o Prefeito
disse:”Já sei de tudo, avise lá em baixo que mande para cá o seu requerimento
para ser logo despachado”. O pobre homem cabisbaixo agradeceu e se retirou.
Logo
o contínuo traz um maço de requerimentos, o Prefeito com ar importante, poz os óculos,
e logo procurou o do Manequinho, era seu primeiro despacho.
Mas
não leu o requerimento para ver o assunto. Como o Dr Heitor tinha avisado que o
homem andava pleiteando o cargo de professor e já tinha treinado no despacho
largou o verbo:
“Aguarde oportunidade não
há vaga.
fulano de tal
Prefeito Municipal”.
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