sábado, 24 de novembro de 2012

IT´S NOW OR NEVER!

Esquema geral do inferno de Dante, mostrando os últimos e infernais círculos de baixo, perto da casa do Capeta. O Sete-peles, o Coisa-ruim, o Bode preto, o Sem chinelo, o Nhô Lúcio, o Malfazejo, mora na casa 21-B, circulo 9, andar de baixo. Alguém aí toca a campainha? 

Hoje consegui voltar ao blog depois de quase duas semanas ausentes, por motivos de viagem e de acúmulo de trabalho. Neste meio tempo, entretanto, não deixei de seguir a saga do nosso querido rubro-negro rumo ao lugar que lhe cabe no latifúndio (produtivo?) da elite do futebol. Antes do jogo com o Tigre, lá na carvônica Criciúma, pensei em repetir o titulo da crônica anterior: agora seria “a vida em Criciúma”. Sim, ali o escrete rossonero lutava pela sua vida, assim como lutou no bravo jogo de Arapiraca. Não deu, não deu. Cada jogo é um, como diria o poeta.
Agora, o Inferno está no seu nível mais baixo, mais profundo e soturno. Ou dá ou não dá. Noventa minutos nos separam da subida para a série A ou o novo mergulho no inferno do brasileirão do B, o torneio do Capeta. Na nossa frente nosso velho conhecido Paraná Clube, o Paranito, o time-de-sete-caras, ou, melhor dizendo, o time-de-sete-times. Faz tempo que o time de vila Capanema não nos faz medo. Mas, cada jogo é um, e, no inferno da Segundona, o time rubro-negro aprendeu a deixar de fora toda Esperança, como bem ensinaram nossos consultores Dante Alighieri e Virgílio.
Além do jogo com o Paraná Clube, assistimos também o embate entre Vitória e Ceará, no Barradão, e principalmente Guarani e São Caetano, bem aqui nas minhas fuças, no Brinco de Ouro. Sabe-se lá que bicho vai dar. O Azulão começou a morrer na praia, mas se aprumou e grudou nos calcanhares dos rubro-negros baiano e paranaense. Precisa ganhar do Guarani e torcer para tropeços dos rubro-negros. Já o Guarani, que está sentindo o bodum da sulfurosa serie C sob seus pés, vai com tudo pra cima do Azulão e está vendendo ingressos a dois reais pra lotar o Brinco de Ouro justamente com aquilo que o time do São Caetano não tem, torcida. Será também uma partida épica.
O Drubsquem já escalou o time para o encontro no janguitão. Eu cá, chamei Dante e Virgílio, além de meu querido amigo Gusano, o verme da garrafa de mezcal, que acompanhou junto comigo nossa queda para os infernos, há um ano. Além disso, estão confirmados Sthendal, autor de “O Vermelho E O Negro”, grande tratado da alma rubro-negra, e o poeta Arthur Rimbaud, que passou uma breve estadia no inferno e também voltou pra contar. A nação rubro-negra hoje amanhece esperançosa com a volta para a serie A, embora saiba por experiência que não se pode ter esperanças no torneio da terra do Coisa-ruim, e que o caminho é duro e áspero, por gramados ruins e cheios de buracos, trilhado jogo por jogo, vencido passo por passo.
Agora, é só esperar que se abram as cortinas e comece o espetáculo. É agora ou nunca. 

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