sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PASSO A PASSO, JOGO A JOGO

Dante & Virgílio chegando à terra de Todos os Santos pra ver Vitória e Atlético; será que estou vendo, no canto inferior esquerdo, o Azulão morrendo na praia?  

Neste infernal caminho das pedras, aquele ditado que cada passo é um passo é de uma verdade daquelas bem verdadeiras. Rimbaud, o autor de “Uma Estadia No Inferno’, um clássico pra quem disputa as segundonas da bola e da vida, nos diz que, nesta travessia pelas terras do Sem-nome, todo nosso tesouro é confiado às feiticeiras, à miséria e ao asco. Quem poderá contestar?
Amanhã o confronto de nosso redivivo escrete será contra o também rubro-negro Vitória da Bahia. Vice-líder, com um invejável retrospecto em casa, o Vitória será uma parada dura para o Drubscky (quem?) e seus comandados. Porem agora, já findando o ano, já podemos dizer que temos um time de segunda.
E a primeira? Calma, amigo leitor: lembre-se, cada passo é um passo. Houve o heróico passo do jogo contra o América Mineiro. Estávamos vindo de empates e da dolorida derrota pro Bragantino em fins de setembro. Foi um jogo épico, com nove gols, e o desempate aos quarenta e nove do segundo tempo, com um gol salvador de Paulo Baier, desde as capitanias hereditárias deixando o seu lá no filó. O América, o Coelho, alias, era um dos lideres do primeiro turno, e nos impingiu uma dolorida derrota de três a dois lá no Independência. Na época eu disse aqui que seria o ponto da virada. Foi? Sei lá, aqui nesta infernal senda não há esperança e cada passo é um passo.
Por ultimo, o Furacão abateu o Avaí no Eco-estádio, por três a um. Agora, estamos só um ponto atrás do quarto dos infernos, o nosso já conhecido Azulão. Que é um time tinhoso e forte, mas que não tem chegada, como já provou sobejamente no passado, inclusive no nosso passado. Hoje, os sãocaetânicos enfrentam o Barueri na Arena Barueri, uma tarefa aparentemente fácil. Mas, secando bem secadinho...
Meus caros Dante Alighieri e Virgílio, especialistas especialmente convidados para analisar as probabilidades do Mais Querido deixar logo o latifúndio (produtivo?) do Capeta e passar para os assentamentos de lona provisórios dos sem-estádio e chegar, no fim da jornada, à Arena Prometida, são taxativos: o caminho para sair do inferno é longo e árduo. E, como eles mesmos já adiantaram, não é fácil ( e não está sendo). Não temos esperança, mas temos algo que pode ser um time.  O jogo lá na Boa Terra vai ser duro.  Mas assim mesmo vamos nós, devagar com nosso andor. O caminho é ruim e lamacento e o santo é feito do mesmo material. Não dá pra arriscar.
Passo a passo, jogo a jogo.

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