A população de Londres comemorando a vitória sobre o nazi-fascismo em 1945, em manchete do Daily Mail |
As próximas duas semanas serão decisivas. O fascismo,
representado pelo #elenão, está se consolidando, em níveis jamais vistos. Precisamos
pensar este fato para além de nossos estômagos e construir uma grande frente
que possa afastar a possibilidade de um governo com matizes fascistas no
brasil. Para isso, precisamos nos situar e ver quem são nossos potenciais aliados
e com quem nós podemos contar nessa luta. E lutar para conquistar corações e
mentes, para impedir um mal maior no Brasil.
Não nos enganemos: o projeto de poder de #elenão e sua
tchurma é claramente fascista. Sua proposta baseia-se claramente num culto explícito
da ordem. Uma ordem baseada na violência de estado e em práticas autoritárias de
governo, como já apontado por muitos.
Uma proposta de ordem a segurança que dá salvo conduto aos
agentes da lei para “fazerem justiça” pelas próprias mãos. Uma proposta que é
simples e de fácil compreensão, mas de aplicação difícil e duvidosa, já que
estamos lidando com policiais de verdade e não com anjos.
O nacionalismo, o culto à pátria e a família são outras características
típicas do neofascismo. Como ferramenta de coesão social, apontar o inimigo
externo como o culpado é típico destes regimes. A família modelo é a família hétero,
cis, machocêntrica. Branca, devemos acrescentar? Outros modelos de família são
demonizados, como o fez recentemente o vice, General Mourão.
Estes discursos se referem a uma prática de governo que
desprotege os menos favorecidos e as minorias vulneráveis. O caráter misógino e
homofóbico do discurso neofascista é mais do que evidente e dispensa comentários.
Mais uma vez, a pratica de culpar as minorias pelos males da sociedade volta
para assombrar a sociedade, como já fez no passado.
Pouco se sabe de suas propostas em outras áreas. Na educação,
sua proposta é a censura e a mordaça, via os projetos “Escolas Sem partido”. Na
economia, uma proposta “liberal” que na prática aumenta a desigualdade. Embora
tenha voltado atrás, a pulga continua atrás da orelha.
De qualquer modo, a questão é muito séria. Os partidos de
esquerda precisam ter uma plataforma comum. Os partidos de centro precisam ser atraídos.
Chega dessa bobagem de chamar quem discorda de fascista. A ciência política já
definiu claramente o que é fascista. Vão se informar.
É necessário que liberais e socialistas de todos os matizes
se unam para combater o inimigo comum, o fascismo. Unidos, liberais e socialistas
já combateram o fascismo no passado, derrotando-o exemplarmente. Precisamos
recordar deste momento.
Neste momento de crise, uma crise econômica violenta, que
esta semana fez dez anos, é natural que o mundo esteja preocupado e perplexo. Como
nos anos 1930, a crise econômica fez surgir propostas de sociedade que levaram o
mundo a crises terríveis e guerras, que ceifaram milhões de vidas. Neste sentido,
a guerra da Síria pode ser um paralelo com a guerra civil espanhola. Os pactos
do pós Segunda Guerra Mundial estão sendo rompidos por todos os lados.
O mundo inteiro está em convulsão. Ninguém está contente com
a sua vida. Os problemas se acumulam. No entanto, o principal problema são os
que oferecem soluções simples. Como o muro de Donald Trump; o Brexit, e outras.
Soluções simples que impõe problemas extraordinários e criam novos.
Neste contexto, o “Coiso” representa isso. O próprio jornal
conservador inglês The Economist publicou uma matéria sobre a ascensão do fascismo
brasileiro e mostrando-o como uma terrível ameaça à toda América Latina.
Não podemos subestimar o poder deste discurso do ódio. Nos
estados Unidos, esse foi o caminho da vitória de Trump. Precisamos conquistar os corações e mentes que
se deixaram dominar por ele.
Antes de desqualificar estas pessoas, precisamos mostrar que
o caminho da democracia e da liberdade é mais complexo e mais difícil. Mas que
este caminho difícil e tortuoso é o único que pode levar a uma humanidade mais
inclusiva e a um mundo de paz e prosperidade.
São Heisenberg, rogai por nós!
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