quarta-feira, 29 de outubro de 2014

IMPEACHMENT?

E não é que o assunto mais quente do momento não é Dilma nem Aécio, mas sim João Ubirajara Lopes, o João D`Homero?
Quando estive em nossa querida Deitada-a-beira-do-mar, há cerca de um mês,  fiquei muito assustado com as histórias que ouvi sobre a gestão de João D`Homero, aqui e ali. Ouvi casos escabrosos de problemas administrativos de sua gestão, contados desde por quem enfrentou sua candidatura nas urnas até os que foram de sua base de apoio desde o mais tenro início. Do que ouvi, tudo se resumiu a desânimo e desalento com o prefeito e sua gestão.
Parece que o prefeito eleito se encastelou no poder, qual um rei em seu trono, e que imaginou que os mais de cinco mil votos que recebeu fossem uma grande promissória, a descontar em quatro (ou oito!) anos. Um rei sem compromisso com quem o colocou ali, ou seja, com os cidadãos, sem compromisso sequer com os que o ajudaram na campanha. Com truculência e bravatas, tratava de calar no berro seus inimigos políticos. Terminou por se isolar até mesmo dos que o apoiaram e continuou teimosamente a fazer-se de surdo ao tal "clamor popular".
Lembrei-me de que, durante a campanha eleitoral de 2012 fiquei realmente assustado com seu plano de governo, cheio de promessa vagas e pouco consistentes (ver aqui). Comparei-o, na época, ao cavaleiro inexistente de Calvino, o que só existia dentro de sua armadura. Vejo que agora, sem um norte, o cavaleiro branco que ganhou os corações e mentes da cidade em cima de um trio elétrico não tinha mais consistência que uma alegoria de escola de samba (com todo o respeito às escolas de samba de minha terra e suas formosas alegorias, claro!).
E o que era clamor, virou protesto. Virou panelaço, virou passeata (aqui) e, por fim, virou um pedido de cassação, movido pela advogada Ruth Fernandes. A Câmara, em que pese os vereadores mais combativos, travava um combate um tanto quanto passivo, com reclamações pontuais. Com o pedido de cassação, os nobres edis foram obrigados a tomar uma atitude mais consistente. Vejo nas redes sociais grandes "rencas" de anônimos (infelizmente anônimos) reclamando dos vereadores: ué, eles são os vereadores que temos! Foram legitimamente eleitos. E, ouvindo o “ruído rouco das ruas”, pelo menos alguns deles tomaram uma atitude (ver aqui).
Não sei o que vai ser da tal da “comissão processante” da Câmara Municipal de Antonina, mas desejo-lhe sorte e coragem. Sorte pra navegar nestes mares bravios da investigação minuciosa da má gestão e da incúria para com a coisa publica. Há que se ter estomago. E coragem pra mudar o que tem que ser mudado. Não podemos conviver com governantes que, embriagados pelo poder, esquecem-se do motivo principal para o qual foram eleitos.

Doa a quem doer. Nossa querida Deitada-a-beira-do-mar não merece mais sofrer assim. 

Um comentário:

  1. Senhor Urublues, (urubus azuis?)
    Em Antonina parece que há CURTURA demais e CULTURA de menos.
    A CULTURA está fora da cidade, à procura do pão de cada dia, pelo menos até chegar a casa da aposentadoria, ..... Agora, a CURTURA, nunca saiu da cidade...... E isto provoca o acúmulo de mediocridades e de tragédias que se repetem em sistema cíclico exasperante, pois, nem sempre a CURTURA é burra, pelo menos para se perpetuar no poder.... ah, os pelegos ..... .....
    E por falar em pessoas realmente cultas e inteligentes, por que é que OS AMIGOS DO JEKITI desistiu de exercer a necessária missão de trazer um pouco mais de CULTURA para esta cidade?
    Não desanime, amigo meu, teu blog, este URUBLUES é muito bom. Precisava que as pessoas cultas dessa cidade não desanimassem de..... serem o "joão batista que clama no deserto..." (Você, o Eduardo e, sem menosprezar o Tutuca, .... VOLTA, JEKITI, VOLTA!!!)
    Assinado:- Amigo de Curitiba que adora Antonina.

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