Dante e Virgílio, tomando cerveja quente e assistindo no Régis´s Bar os jogos da quinta rodada da segundona |
Semana que passou foi muito corrida. Estive dando um curso
sobre escorregamentos para meus alunos, com uma saída de campo, que me exigiu
bastante. Principalmente porque foi logo depois da minha volta da
Deitada-a-beira-do-mar, que ocorreu na segunda passada, dia 28. Só depois, no
dia seguinte à note, foi que vi o resultado do Furacão contra o Boa, de Varginha. Perdemos
pro Boa!!
No dia seguinte, o ET de Varginha, que mora nos subterrâneos
do prédio do Hospital de Clínicas da UNICAMP, conseguiu passar pela barreira
policial-militar que o mantem prisioneiro, num dos mais secretos segredos do
mundo, só pra me zoar, o fidaputa. É, perder pro Boa, e de virada, dá nisso,
até ET vem te zoar. Meus colegas de inferno na segundona, a dupla formada pelo
poeta e dublê de político Dante Alighieri e o poeta romano Virgílio, passaram o
tempo todo me olhando com sarcasmo, dando uns risinhos em latim lá entre eles.
Mas eis que na semana que passou nosso grande Paulo Baier,
que está na ativa desde que as legiões romanas conquistaram as Gálias, no ano
50 antes de Cristo, e ainda em atividade, nos redimiu. Um sonoro 3 a zero
contra o Grêmio Barueri devolveu a autoestima ao elenco. O escritor francês Stendhal, um profundo
conhecedor da alma rubro-negra, escreveu um livro importantíssimo sobre Paulo
Baier e a nação rubro-negra, intitulado “O Vermelho e o Negro”. Recomendo a
leitura, até mesmo para as mais alvi-verdes das criaturas.
Não basta, entretanto, estar no inferno. É necessário, ainda
por cima, ser um time sem estádio. Nossa peregrinação rumo à Arena prometida
ainda vai durar ainda um ano. Até lá, teremos que peregrinar por diversos
lugares, como o Gigante do Itiberê, ou o Germano Kruger de Ponta Grossa. Até o
campo do Combate Barreirinha nos serve, se eles deixarem, claro está. A fina
flor da diplomacia rubro-negra está empenhada neste trabalho, depois de ver,
consternada, a grosseria alvi-verde e a desmedida ambição tricolor nos privar
de desfilar nosso talento (ui!) sobre seus particulares tapetes de grama.
Não há de ser nada. Vagando pelo deserto, a nação atleticana
no inferno sabe que um dia cruzará a pé o Mar Vermelho e Preto. o mar se abrirá ao toque do cajado de nosso
ancião Paulo Baier e nos fará alcançar a Arena prometida.
Depois de amanhã, tem o CRB lá nas Alagoas.
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