quinta-feira, 7 de junho de 2012

A QUINTA RODADA NO INFERNO


Dante e Virgílio, tomando cerveja quente e assistindo no Régis´s Bar os jogos da  quinta  rodada da segundona


Semana que passou foi muito corrida. Estive dando um curso sobre escorregamentos para meus alunos, com uma saída de campo, que me exigiu bastante. Principalmente porque foi logo depois da minha volta da Deitada-a-beira-do-mar, que ocorreu na segunda passada, dia 28. Só depois, no dia seguinte à note, foi que vi o resultado do Furacão contra o Boa, de Varginha. Perdemos pro Boa!!
No dia seguinte, o ET de Varginha, que mora nos subterrâneos do prédio do Hospital de Clínicas da UNICAMP, conseguiu passar pela barreira policial-militar que o mantem prisioneiro, num dos mais secretos segredos do mundo, só pra me zoar, o fidaputa. É, perder pro Boa, e de virada, dá nisso, até ET vem te zoar. Meus colegas de inferno na segundona, a dupla formada pelo poeta e dublê de político Dante Alighieri e o poeta romano Virgílio, passaram o tempo todo me olhando com sarcasmo, dando uns risinhos em latim lá entre eles.
Mas eis que na semana que passou nosso grande Paulo Baier, que está na ativa desde que as legiões romanas conquistaram as Gálias, no ano 50 antes de Cristo, e ainda em atividade, nos redimiu. Um sonoro 3 a zero contra o Grêmio Barueri devolveu a autoestima ao elenco. O  escritor francês Stendhal, um profundo conhecedor da alma rubro-negra, escreveu um livro importantíssimo sobre Paulo Baier e a nação rubro-negra, intitulado “O Vermelho e o Negro”. Recomendo a leitura, até mesmo para as mais alvi-verdes das criaturas.
Não basta, entretanto, estar no inferno. É necessário, ainda por cima, ser um time sem estádio. Nossa peregrinação rumo à Arena prometida ainda vai durar ainda um ano. Até lá, teremos que peregrinar por diversos lugares, como o Gigante do Itiberê, ou o Germano Kruger de Ponta Grossa. Até o campo do Combate Barreirinha nos serve, se eles deixarem, claro está. A fina flor da diplomacia rubro-negra está empenhada neste trabalho, depois de ver, consternada, a grosseria alvi-verde e a desmedida ambição tricolor nos privar de desfilar nosso talento (ui!) sobre seus particulares tapetes de grama.
Não há de ser nada. Vagando pelo deserto, a nação atleticana no inferno sabe que um dia cruzará a pé o Mar Vermelho e Preto.  o mar se abrirá ao toque do cajado de nosso ancião Paulo Baier e nos fará alcançar a Arena prometida.
Depois de amanhã, tem o CRB lá nas Alagoas. 

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