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| O jornalista antoninense Nestor de Castro (1867-1906), em óleo de Alfredo Andersen. |
Nesses árduos tempos de blogosfera, alguém andou perguntando
de Bento Cego, e o que se pode fazer para recuperar sua memória. A memória de Bento
Cego eu não sei, mas sei quem é o responsável pelo fato dela – mesmo incompleta
– estar acessível para nós, pessoas do século XXI: trata-se de Nestor de Castro.
Por uma feliz coincidência, hoje, 18 de maio, faz exatos 145
anos que nasceu Nestor de Castro, um dos maiores jornalistas do Paraná. Nestor de
Castro nasceu na Deitada-a-beira-do-mar no ano de 1867, filho de Felipe de Castro
e Ana Pereira de Castro. Nestor de Castro teve uma infância difícil – aos 4
anos de idade perdeu a mãe; aos 9 ficou órfão de pai. Em Antonina estudou com o professor Manuel Libânio
de Souza, com quem aprendeu as primeiras letras. Com dez anos, foi enviado ao
seminário em São Paulo. Ali, foi protegido pelo influente cônego Manoel Vicente,
capelista como ele.
Ao retornar a Antonina, em 1886, tentou a vida no comércio,
mas não teve sorte. No ano seguinte, casou-se com Arminda Pinheira da Costa,
mudou-se para Curitiba e iniciou-se no jornalismo. Trabalhou no jornal Dezenove
de Dezembro, ligado ao Partido Liberal, logo se destacando com um ardente
polemista. Foi muito amigo de Teófilo Soares Gomes, pai de Heitor Soares Gomes,
o melhor prefeito de Antonina no século XX. Chegou a escrever peças de teatro,
em parceria com Jaime Balão, musicadas por Augusto Stresser.
Durante a Revolução Federalista, como todos os liberais de
seu tempo, participou do governo revolucionário em 1894 como secretário de
estado. Com a derrota do movimento, foi obrigado a exilar-se. Nos campos do
sul, ouviu muitas trovas de um cantador chamado Bento Cego, capelista como ele,
e se interessou pela vida do poeta popular.
De volta a Curitiba, foi duramente perseguido pelo
situacionismo governista. Passou, com sua mulher e seus 12 filhos, por grandes
necessidades. Somente em 1902, por iniciativa de seu amigo Teófilo Soares Gomes,
foi que Nestor de Castro foi convidado pelo governador Vicente Machado para
trabalhar no jornal “A República”, de situação. Tratava-se do mesmo jornal que
ele tanto havia combatido no passado.
Neste curto período, escreveu sua monografia sobre Bento
Cego, provavelmente sua obra prima. Nestor de Castro juntou no texto as
escassas informações que obtivera no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo
e Minas Gerais, bem como cartas do cônego Manoel Vicente, que também pesquisou
a vida do cantador do Registro. Ermelino de leão somente reproduziu o que Nestor
de Castro encontrou.
Nestor de Castro faleceu subitamente aos 39 anos de idade,
em 14 de agosto de 1906. Hoje, reconhecido por sua obra literária e jornalística,
Nestor de Castro é nome de rua em Curitiba e é o patrono da cadeira de numero
33 da Academia Paranaense de Letras. Na sua cidade, como de praxe, pouco se
sabe de um ardoroso e combativo jornalista, que um dia foi reconhecido,
juntamente com Romário Martins, como um dos maiores jornalistas do Paraná.
Fonte: Samuel César, “O elogio do Patrono”, discurso na Academia
de Letras do Paraná em 21 de janeiro de 1927; publicado em “Obras de Nestor de Castro”.
Curitiba, Editora GERPA, 1945.
O Paraná tem síndrome de baixa estima e não sabe reverenciar e orgulhar-se de seus talentos, de seus heróis, de seus lideres, de seus atletas, de seus intelectuais, de seus vultos, de seus cientistas, de seus notáveis mestres,de sua História. Além de tudo sua gente politica tem uma fama terrível de ser auto-fágica até moer e quebrar todos os seus ossinhos, articulações e musculatura. Jaime Lerner, notável urbanista que transformou Curitiba numa jóia da coroa das cidades brasileiras, por inveja branca e roxa by autofagia também sofreu a tentativa da carnificina, e Curitiba perdeu esse notável homem público por desfastio. Assim caminha a nossa humanidade, gente. Agora até o embelezamento de Curitiba sofre a arrancada patrulheira do "vamos destruir as calçadas do Batel". É isso, gente. Por isso, que lindo ler histórias, recordações, memórias sobre o notável jornalista Nestor de Castro. Puxa, que bom ler belas noticias, parabéns. Não nos esqueçamos de nossa Gente que é a História de nosso maravilhoso Paraná.
ResponderExcluirComo dá inveja no bom sentido e com o perdão da palavra o amor intocável que tem os gaúchos por sua terra, idem os mineiros. No Paraná, é verdade, a auto-fagia moe mesmo e enquanto não quebra os ossos não sossega. E não cultiva a memória dos que fizeram a sua História. Nestor de Castro foi um notável antoninense escritor e jornalista que com seu talento, arte e personalidade marcante faz parte da História do Paraná, como outros notáveis das artes, das letras, da ciência, do esporte, da Medicina, do Direito, da Engenharia, e até da politica,. Mas da gente politica de hoje filtre com o seu coração paranense e curitibano, e não escute, ainda que às vezes tropece quando chega nas urnas. Jaime Lerner, notável administrador e urbanista tornou Curitiba realmente jóia da coroa em todos os sentidos, da beleza, do verde, da reciclagem, limpa nos mínimos detalhes, inovadora, criativa, calçadões, expansão horizontal, parques maravilhosos, vias rápidas desafogando e interligando toda a cidade, canaletas exclusivas para os onibus de um transporte coletivo primoroso e até hoje elogiado em prosa e verso por todos os urbanistas do mundo mas depredado pela inveja depressiva de todos os politicos que querem moer Curitiba com tola ilusão de apagar Lerner da memória do Coração Curitibano, como até Rafael, cria de Lerner, fazendo o discurso da destruição, ele que sabe de cada centimetro de como Curitiba foi a filha amada do Ipuc lerniano mas hoje de saudosa memória que se dedica a destruir até as faixas de lazer bik e patrulhar tudo que é bonito como as calçadas do Batel indo até o maravilhoso Natal de Luz de Curitiba que trazia extasiados turistas para aqui deixarem renda, dinheiro, tributos e levarem a cidade no coração, transformado em natal de silenciosas sombras porque para a auto-fagia da inveja destruir é mais prazeiroso que construir.
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