Confesso que ao chegar cansado em
casa, depois de enfrentar meus alunos o dia inteiro, fiquei meio chateado ao
encontrar seu “tijolo” de texto em meu blog. Como faço nessas horas, fui
conversar com Gusano. Gusano, se você não conhece, é meu amigo engarrafado, o
verme da garrafa de mezcal que trouxe recentemente do México. Gusano, o verme
certo das horas incertas, me fez ver que, ao contrário do antagonismo que
supomos existir, temos algumas coisas em comum. “Mas vocês não moraram na mesma
rua?”, me perguntou Gusano com sua dialética de verme. Pois então.
Eu cresci, assim como você, na Rua
Coronel Líbero, em minha opinião a melhor rua deste lado da Via Láctea. Ali,
caro Napoleão, entre os dois postes do atual Teatro, antigo Cinema, aconteceram
algumas das mais memoráveis partidas de futebol de minha vida. Em frente à atual
casa de sua mãe, que foi durante muito tempo vizinha de minha casa, antes de
você morar ali, teve muito futebol rolando, da melhor e da pior qualidade. Chegou a ter jogo de dez contra dez, e isso num tempo em que o tráfego de veículos era pelo menos o dobro do de hoje!
Se você tivesse morado ali
naquele tempo, nos anos 70 e 80, poderíamos ter nos conhecido jogando bola, ou
andando de bicicleta. Ou, então, brincando de mãe-baleia, que pegava de um
ponto a outro da calçada. Quem atravessasse tinha que correr pra não ser pego.
Se você fosse mais grandinho, podia ter brincado de polícia e ladrão, que em
algumas versões abrangia toda a cidade, da Rua do Esteiro (sabe onde fica?) até
o morro do Joubert, hoje velhinho (90 e poucos anos!) e reverenciado por todos
como um grande prefeito do passado. Era muito divertido aquilo tudo.
Pois então. Por conselho de Gusano,
nem li seu “tijolão”. Se você acompanhou algumas polêmicas aqui no meu blog ou
no Bacucu com Farinha, onde o Neutinho gentilmente me cede o espaço, teria percebido
que não sou uma pessoa boa, nem mesmo virtuosa. Por dentro, sou mau, muito mau.
Egocêntrico, corrupto, devasso, perverso. Algaravias, garatujas e heresias,
esse é subtítulo do meu blog e o meu subtítulo. Por isso mesmo, se eu procuro
andar certo na vida, é porque quero distância de policiais e advogados. Não entendo
nem quero entender de leis, e por isso mesmo procuro segui-las como um bom
cidadão.
Desta forma, pela amizade que
decerto teríamos se tivéssemos nos conhecido em nossa infância/adolescência na Rua
Coronel Líbero, eu gostaria de te dar um conselho. Eu sei, conselhos, se bons
fossem, não seriam dados e sim vendidos. No entanto eu te peço: largue a barra
da saia e venha fazer parte de nossa turma. Faça um blog e vamos discutir. Aqui,
na blogosfera dos bagrinhos, a gente faz como fazia antigamente na boa e velha Coronel
Líbero: às vezes, damos umas caneladas uns nos outros, discutimos, brigamos. Mas
sempre resolvemos as coisas entre nós. Levar as coisas para uma instância
superior, como reclamar pro pai ou pra mãe – ou pro juiz – não resolve nada e
deixa o cara marcado na turma – “aquele é o guri que foi chorar pitanga”. Acho que
você, valente como se mostra, não quer correr esse risco, não é?
Bom advogado, você até pode
ganhar a ação de calúnia que você move contra o Cequinel, esse nosso boquirroto
amigo, sempre direto e sem papas na língua, mas com um coração enorme. Você ganha
na Justiça. Mas em médio prazo politicamente você perde, e isso até Bento Cego já
percebeu. Retire a ação contra o Cequinel e vamos discutir politicamente a
candidatura de sua mãe. Você é inteligente e tem coragem, já demostrou isso. Se ela for absolvida, concorrer e o povo votar
nela, assim é a democracia, e eu me curvo à vontade popular. Mas, por favor, pare
de fazer biquinho, porque isso é chato, assim como o tal “tijolão” cheio de
leis e quetais que você postou no meu blog. Assim vamos brincar de verdade, num
jogo que Antonina e seu povo tem muito mais a ganhar que essas nossas picuinhas
de blogosfera.
Pena. Pena mesmo que você não entendeu professor. Já sai da barra da saia a muito tempo, como você. A Mônica nunca esteve sozinha, por isto é forte o suficiente para suportar injustiças. Desculpe a linguagem juridica, mas tentei esclarecer o máximo para acabar definitivamente com esta discussão inútil. Se tivessemos conversado antes do texto 'Munira e o óbvio ululante' teriamos evitado tudo isso, com exceção, acredito, das ofensas reiteradas disparadas pelo seu amigo. Desse jamais serei, pois não sabe respeitar conforme se exige em uma sociedade organizada. A eleição está muito próxima e tudo se resolverá. Não precisamos mais dar caneladas. Com exceção de um, todos os demais blogueiros estão convidados a conhecer a pré-candidata Mônica e falar a respeito de sua vida, inclusive em detalhes, com respostas a todas as perguntas, para que seja sepultada qualquer dúvida sobre a dignidade de seu caráter, bem como de seus familiares. Nesse dia, se houver interesse, poderão discutir idéias a respeito do desenvolvimento do Município. Isto sim, a meu ver, interessa. Pergunte a Gusano o que acha! Quem sabe um dia, amigo, NAPOLEÃO JUNIOR.
ResponderExcluirNapoleão: Eu é que acho lamentável. Fui dormir sonhando com sua generosidade, mas ao acordar percebo que você é o piá mimado que quer, a todo custo, mandar no jogo e ser o dono da bola. Não somos da mesma turma. Sou amigo dos meus amigos. O que propus foi um momento de liberalidade e de perdão, coisa que só os realmente fortes são capazes de entender e realizar. Não propus, em nenhum momento, uma locupletação e uma capitulação à candidatura de sua mãe. É contra os princípios que trago comigo. Prefiro perder jogando bonito do que ganhar dando botinada. Mas, se precisar dar botinada, jogar bola na Coronel Libero também me ensinou a dar. Você vai perder na Justiça e na politica, pois mostrou que não sabe nada de generosidade, mesmo para com o adversário. Na vida e na politica, essa sabedoria é necessária. Se mesmo antes da campanha de sua mãe começar já tem perrengue desse tipo, daqui à pouco você e seu grupo vão recorrer a quem? Ao Supremo, à corte de Haia, ao papa?
ResponderExcluirJeffinho voce me deixa cada vez mais orgulhoso de ser antoninense, saudoso dos vários momentos da nossa Coronel Líbero, e do escoteiro então?
ResponderExcluirUm abraço meu nobre professor da Unicamp, sinta-me ao seu lado.
Mauricio Scarante (Masca)
abraços, pena que eu tenha sido um aluno tão pé-de-prancha nas nossas aulas de futebol da Cel Líbero...
ExcluirNão se trata de mandar no jogo. Tudo iniciou com divagações sobre a "mãe dos pobres" e sua política assistencialista, meu caro professor. Depois, outros, preconceituosamente e de forma leviana tentaram impor a peja "ficha suja" pela forma mais desprezível de se fazer política. O "pia mimado" não aceita agressões e injustiças, e isto não se aplica somente a mãe Mônica. A liberdade é de todos, nos termos da lei e das relações socias. O perdão à quem nunca reconhece erro? Não, melhor que sirva como exemplo para o próprio e para os outros. Já errei, muitas vezes, mas em seguida sempre procuro acertar. O problema professor é que está mais uma vez fazendo conclusão precipitada sobre pessoas e objetivos. De certa forma não deixa de estar sendo um pouco preconceituoso. Não estou querendo lhe ensinar ou ofender, jamais quis. Não conhece a Mônica e nem a mim, apenas ouviu falar. Interagimos, mas é pouco. Se conhecesse, teria liberdade de saber de suas idéias e forma de fazer política, sem que para isso perdesse sua integridade quanto a fidelidade aos seus amigos e ideais políticos. Poderia, inclusive, tentar mudá-la em algumas coisas, como diariamente fazemos ao nos relacionarmos em sociedade. Não estou querendo lhe dobrar e cooptar, pois acredito que a democracia é dependente da oposição. Falar que a Mônica não foi boa Prefeita é direito de quem pensa assim, "liberdade de expressão". Falar que a Mônica não é honesta, ai não. Jamais deixaremos de agir ou baixaremos a cabeça. Não há uma porta de casa em Antonina que não possa ser batida, mesmo que sejamos recebidos para ouvir críticas. Perder na justiça é uma possibilidade para quem exerce o direito de ação, neste caso necessário para coibir a ação degradante de sujeitos que insistem em desrespeitar as normas de conduta social e as leis vigentes, ofendendo a honra de pessoas sérias e invadindo a vida privada. Vá ao Fórum e veja a ação, depois faça juizo. Na política é do mesmo jeito, ganhar ou perder. Já ganhamos e já perdemos, mas nunca deixamos de fazer a boa política, discutindo idéias para algumas vezes colocá-las em prática. Um abraço a Bento Cego e Gusano.
ResponderExcluir“tudo iniciou com divagações”...concordo com você que meu artigo foi uma divagação, mas uma divagação séria discutindo com base em dados eleitorais as origens e a viabilidade eleitoral da candidatura Munira Peluso nas eleições deste ano. Mas o que é? Você é o único que pode dar opiniões sobre os oito anos do governo Munira? Meu caro, me poupe. Estou sinceramente torcendo pra que sua mãe consiga sua candidatura. Gostaria de ver desta vez um programa de governo bem feito, diferente o que foi publicado na internet nas eleições passadas, um programa vago e desconexo, copiado de um instituto politico. Um programa novo que tenha bem claro, entre outros, o fim do nepotismo na gestão municipal, que foi a principal marca da gestão anterior.
ExcluirJeff, este rapaz merece uns cascudos por não saber brincar de "mão-no-breque", "polícia-ladrão" e "mãe-pega".
ResponderExcluirÉ uma palhaçada enorme, já estou quase votando em Monica.
ResponderExcluirConcordo , é uma palhaçada.
ResponderExcluirmeus caros anônimos: não entendo o que tem de palhaçada nessa conversa toda, com todo o respeito que tenho aos palhaços e seu duro trabalho...
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