Dante e Virgilio embarcando no Saco dos Limões com destino a Paranaguá após ver a Avaí perder pro Atletico na Ressacada |
Voltei. Estive afastado do blog por motivos profissionais –
o final do semestre – por motivos de viagem e por uma desgraçada duma gripe que
me derrubou nos últimos dias. Ainda meio resfriado, enrolado em cobertores
nesta fria terça feira de julho, acabei de ver pela TV a vitória do Furacão
contra o Avaí, na Ressacada em Floripa .
Assisti o jogo meio ressabiado, em meio a chás de limão,
colheradas de mel e mantas cobrindo meu proverbial pé frio. Logo no inicio e
gol. Marcelo, o primeiro nosso. Vamos ganhar! Será? Fui na cozinha pegar o mel e o guaco e, quando volto, o Avaí
empatou. Fiquei meio ressabiado, olha o meu pé frio fazendo das suas. Peguei mais
um cobertor e botei fogo na lareira. A presença espectral de Dante Alighieri e Virgílio,
meu colegas de inferno da segundona, não fazia minha sala mais quente.
No segundo tempo, só dava Avaí. O time está melhor,
sensivelmente melhor que o time que estava jogando. O meio campo com o João Paulo,
a zaga estava melhor, embora o Manoel – logo ele! – falhou feio ne empate do Leão
da Ilha. Mas o Avaí insistia, dominava o meio de campo e dava uns sustos meio
grandes.
Ainda enrolado em meus cobertores, assoando o nariz a cada
escanteio do Avaí – contei até onze – vi o contra ataque meio atrapalhado, onde
o jovem Bruno Furlan fez um passe na medida para Marcelo marcar seu segundo. É grosso,
o Marcelo, daqueles que matam a bola na canela. Mas tá bom, duas bicudas e três
pontos cruzando a ponte em direção à Curitiba.
Quando acabou, tirei meu pé dos cobertores, feliz. Até esqueci
o chá de limão por uns momentos. Ao meu lado, Dante Aliguieri estava
conversando com Virgilio alguns detalhes da classificação da série B. O cheiro de bodum da
terceirona ainda está no ar, segundo eles, em seu poético linguajar. Entretanto,
pelas frestas da janela está entrando o ar puro. ou seja, estamos mais perto do G4 do
que do Tartaro infernal da terceira divisão. Mas é pouco.
Sábado que vem, pra derrotar o vice-líder Vitoria, o time
vai ter que ser uma Tribuzana la em Paranaguá. Tribuzana, como se diz na Deitada-a-beira-do-mar
– e também em Paranaguá - é uma
tempestade marítima com ventos fortes. Ainda não é um Furacão, mas dá um
banzeiro, ou seja, ondas altas que impressionam. Xô, pé frio! Se a canoa não
virar, a gente chega lá?
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