sexta-feira, 6 de março de 2015

BOSSANOVUS

(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)

O bossanovus sp foi uma dos gêneros fósseis mais representativos do cretáceo brasileiro. Tiveram uma rápida especiação e distribuição em escala planetária, tendo desaparecido ao final do período. Foram encontrados grandes exemplares fósseis de Bossanovus em toda a zona sul do Rio de Janeiro, que era o principal reduto da espécie. O Bossanovus foi produto das camadas médias do cretáceo carioca, tendo sido o genial resultado do cruzamento do sambistus sp dos morros cariocas com algumas espécies mais instrumentalizadas da zona sul, durante o triássico (Lyra, 1961).
Um dos maiores exemplares encontrados é o do antonius brasileirus, também conhecido pelo nome indígena de “jobim-açu”. Foram encontrados diversos exemplares que atestam a grandeza da espécie, como o “puella ipanemorum”, fóssil-tipo do plio-pleistoceno carioca (Bôscoli, 1962). Outros exemplares importantes foram o “Redentorii sp”, encontrado no sopé do morro homônimo, assim como outros dispersos em avalanches e soterrados pelas águas de março (Cesar Camargo Mariano, comunicação pessoal, 1972).
Outro espécime importante foi o joaogilbertus. Apesar de ser monocórdico e desafinado, o joaogilbertus também tinha um coração. Era um espécime sensível, e se retirava do ambiente à menor dissonância, o que acabou levando à sua extinção. Intratável e inaudível, mesmo assim o joaogilbertus teve grande difusão entre os outros bossanovus.
O vinicius demoralis foi outra espécie característica do gênero bossanovus. Tinha uma boa associação com o antonius brasileirus, com a reprodução de inúmeras peças importantes do gênero bossanovus. Mais tarde, também se associou com o badenpowell afrossambus e, já próximo da extinção, com o toquinhus sp. O vinicius demoralis era uma espécime apaixonada, e antes com tal zelo e sempre e tanto, que teve muitos acasalamentos assinalados no registro paleontológico. Alimentava-se do canis engarrafadus, espécime produzida na Escócia e envelhecida 12 anos em barris de carvalho, o que pode ter provocado, segundo alguns autores, a extinção do vinicius sp já durante o plioceno.
Já no jurássico foram descritos alguns exemplares do gênero bossanovus no sitio fóssil do Beco das Garrafas (ver Johnny Alf  et alii, 1959, “Grandes Sítios Paleontológicos Imaginários Fosseis Do Brasil”, volume III). Nesta área apresentavam-se diversos fosseis em pequenos espaços noturnos. Entretanto, tinham o hábito de sair em manhãs de luz e à tardinha, para observar barquinhos e patinhos. Em geral, o bossanovus tinha repulsa por se alimentar de ramos de tinhorão (tinhoramus sp), que provocavam nojo e urticária, principalmente no antonius brasileirus.
A difusão do gênero bossanovus foi muito rápida, tendo alcançado algumas regiões da America do norte, onde foram encontrados no sitio paleontológico imaginário de Carneggie Hall e também na Europa, como na região de Montreux (Getz & Sinatra, Imaginary paleontology review, 1980).
O gênero bossanovus foi muito importante na difusão de outros espécimes mais recentes do gênero mpbistus. Porem, depois de certo tempo, não houve mais renovação, e o bossanovus foi somente se repetindo.  Com a extinção dos espécimes maiores, subsistiram somente alguns exemplares menores, um banquinho e um violão. A repetição exaustiva dos espécimes consagrados não surtiu efeito de produzir alguma modificação no paleoambiente que levasse a novos gêneros modernos. Por fim, exausto e sem criatividade, o último bossanovus se extinguiu completamente ao final do cretáceo. Chega de saudade.

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