Djalma Santos desfilando em carro aberto na Deitada-a-beira-do-mar, 1970. (copiei daqui) |
Ontem, ao fecharem-se os olhos dos jornais, me vi
entristecido e mais pobre. Morreu Djalma Santos, craque da seleção brasileira e
também do meu Furacão. Lembro-me de ter visto Djalma Santos jogar, no
portentoso estádio do 29, na Deitada-a-beira-do-mar. Eram memórias nebulosas,
de infância, de quando eu ainda era lobinho e estávamos os escoteiros fazendo a “segurança”
do jogo. O que a gente podia fazer com aqueles bastões pra conter a multidão? Certamente
nada, mas dava uma sensação de poder imensa.
Lembro vagamente de que eu e mais alguns lobinhos demos um
buquê de flores ao craque, que nos cumprimentou a todos. Meu pai, ao lado,
conseguiu um autografo num papel com o timbre do Atlético (esse autografo
sumiu, procuramos eu e meu pai durante muito tempo e nada...). Lembranças vagas
e esparsas.
Hoje, através do blog do Porvinha (aqui), grande divulgador
do futebol na terra de Valle Porto (e de Bino, o “Gato Selvagem”, o maior
goleiro paranaense de todos os tempos), vemos ressurgir, frescas, do passado,
tais notícias. Pelo seu blog, aprendemos um pouco mais do que aquelas sensações
de menino. Tratava-se de um jogo amistoso entre o 29 de Maio e o Água Verde,
onde estava Djalma Santos. Terminou num pragmático zero a zero, e teve muita
cervejada e caranguejada depois, como seria de se esperar.
Era certamente uma Antonina muito diferente e um futebol
muito diferente do de hoje. Tal jogo, terminando com uma caranguejada, seria hoje praticamente impossível. E a foto do blog do Porvinha, acima, mostrando o craque desfilando
num calhambeque pela avenida Dr. Carlos Gomes da Costa, a Avenida do Samba. À direita,
uma porção de escoteiros cercando o carro. Posso até ver a cabeça de seu Dodô
lá atrás (saudade!).
Djalma Santos e Bellini foram jogadores míticos, os galácticos
que espantaram nosso estigma de vira-latas e nos trouxeram, de maneira
magistral, nossos primeiros títulos mundiais. Os dois, Djalma e Bellini, foram alguns
dos responsáveis pelo titulo do Atlético de 1970. Foi muita felicidade, que até
hoje sinto entre uma dor no ciático e outra. Depois, passamos doze anos de calvário.
Era duro ser atleticano naquela época, ainda mais que hoje, meninos. Acreditem.
Saímos do inferno da segundona no ano passado após grande saga (aqui) e
estamos agora penando no caminho de volta (mas sem volta!) pras terras do
Sem-chinelo. Sai pra lá, Bode Preto! Vejo as imagens de Djalma Santos, forte e
suave nas páginas dos jornais e na internet. Foi-se. Sua ausência é o vazio de
um mito que cruzou, no passado e por um breve momento, a minha vida pacata. E
sinto saudades do tempo em eu era menino e via Deuses à minha volta.
O Jeff ainda pode ver o craque jogando pelo Atlético, eu teria que ter nascido 10 anos antes para tê-lo visto jogando pelo meu Palmeiras. :(
ResponderExcluirIvan, era ele e Bellini no mesmo time...
ResponderExcluirForça pra vocês palmeirenses, que estão no torneio do capeta!! ano que vem é na baixada - se vocês subirem, é claro!!
JEFF DESTERRADO.... SEMPRE CHORANDO E LOUCO DE SAUDADE PELA QUERIDA E ESQUARTEJADA TERRA DE ETERNOS E INESQUECIVEIS AMORES....
ResponderExcluirANTONINA TERÁ LONGA VIDA, MUITO MAIS LONGA DO QUE OS ALGOZES QUE REDUZEM O POVO DESSA TERRA À MISÉRIA EXISTENCIAL.....
ESSE É O LADO PESSIMO DA DEMOCRACIA.... OS BONS, VÃO, POR VEZES, PARA CAMPINAS DISTANTES BUSCAR O PAO DE CADA DIA, ENQUANTO A ESCÓRIA DA CIDADE A TOMA DE ASSALTO A CADA TURNO ELEITORAL.........
MAS A ETERNA ALMA DESSA CIDADE SE VINGA DE SEUS DEFRAUDADORES:- ENTERRA-OS A TODOS NO PÓ DOS VERMES E SEGUE ADIANTE EM BUSCA DE GERAÇÕES MAIS ESCLARECIDAS.... MEU CARO AMIGO, NÃO NOS CONHECEMOS. SENÃO PELAS ESCRITAS, MAS SOMOS ALMAS GÊMEAS APAIXONADAS PELA BELA MORENA. VOCE ANTONINENSE, EU CAPELISTA. ADORO ANTONINA..... MEU CORAÇÃO ADOTOU ESSA TERRA ONDE SEMPRE ENCONTREI OS GRANDES AMORES DE MINHA VIDA....