domingo, 23 de dezembro de 2012

É O FIM DO MUNDO...MAIS UMA VEZ!


Enfim, o mundo não acabou. No tal do dia 21 estava em Curitiba, trabalhando de caseiro pra meu enteado, Luciano, que foi viajar com a mãe dele pra Porto Alegre. Fiquei aqui na Republica dele, completamente vazia, com a cadelinha Biscoito e com o gatinho Café. Pra quem cuidou de muito bicho na infância, nada de mais. Pra quem cuidou de aluno o ano inteiro, um descanso. Biscoito faz uns cocozinhos no lugar errado, Café adora puxar as almofadas da sala, e só.
No dia do fim do mundo, dormi. Acordei só pra cuspir. Passou a tal hora do meio-dia, passou a hora das 2012, e tudo continuou igual. As pessoas de ônibus na Barão do Cerro Azul, as lojas abertas pro natal, uma chuva que se aprontou e caiu uma água "daquelas" no centro. Fiquei um tempo debaixo de uma marquise, achando que aquele era o fim do mundo. Que coisa, vivi tanta coisa pior que aquilo e o mundo ia acabar numa chuva de verão? Pois não acabou.
Passou a chuva e voltei pra casa. Biscoito, a cadelinha, estava no portão latindo, ensandecida, carente, querendo uns agrados. Café, dentro de casa, tinha derrubado umas almofadas e queria brincar com a vassoura que estava usando pra limpar as cacas da Biscoito. O mundo continuava ali, um vento fustigando as árvores, uns apitos aqui e ali, a cidade dormia, as luzes dos postes se projetavam atrás da sombra de uma araucária com um ninho de joão-de-barro no galho mais baixo.
Por que temos essa loucura de achar que tudo vai acabar? Anos atrás, foi o ano 2000, cercado de histórias macabras sobre as profecias de um tal Nostradamus, acompanhadas de perto pela histeria do "bug do milênio". Lembro, inclusive, de minha empregada, a Mercedes, que entrou em casa esbaforida certa manhã e apontou para o computador no meio da sala: “eu vi ontem no jornal Nacional: estas máquinas vão acabar com o mundo na virada do milênio!”. Ela falou com tanta raiva e veemência que corri a proteger meu pobre 486 pago a duras prestações no pré-datado de sua fúria assassina. No final, foi tudo uma bobagem, todos comemoraram ano novo normalmente e as empresas de informática que deram consultoria sobre o tal Bug e que faturaram montes.
Agora, o tal calendário Maia. Foi um estardalhaço, Hollywood faturou um blockbuster horrível em que mais uma vez se destruía Nova Iorque, só que sem a imaginação de Ossama Bin Laden.  Gringos loucos compraram estoques de comida e ficaram presos em bunkers esperando o tal do fim. Por outro lado, um monte de místicos e charlatões também ganharam um bom dinheiro com sessões de meditação espiritual para limpar a alma para a nova era. Sei...
Na Deitada-a-beira-do-mar, pelo que sei, tudo tranquilo. João D´Homero e Wilsinho preparam sua equipe de governo. Bó se mandou pra Floripa, onde vai se encontrar com Wilson Rio Apa, este sim um guru de respeito. Cequinel, o nosso Beato Rosnento, afina a voz para seu dueto de natal com Silas Malafaia (foi ele quem deu a noticia, em primeira mão aqui no blog!!). Luiz “Amigos do Jequiti” Henrique vai encerrar seu silencio obsequioso que já dura mais de um mês para anunciar sua contratação como goleiro do 29, com a benção de nosso ídolo Marcus Porvinha.
Este cronista, por outro lado, pede desculpas pelo desleixo com que tem tratado tão fina audiência. Mesmo não sendo politico, prometo um 2013 tão vibrante quanto 2012 aqui no blog. Já que o mundo não acabou em barranco pra gente morrer encostado, um 2013 cheio de trabalho, paz, saúde e alegria a todos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário