(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)
Uma das espécies mais características do pós-guerra
mesozóico foram os galináceos da família dos Sartreanus (Christos &
Leboriaux, 1946, Congresso de Paleontologia Imaginaria de Potsdam). Essa
espécie era muito ruidosa, e em geral preferia a vida em pequenos nichos
ecológicos bem especializados, como os cafés do plioceno da bacia de Paris
(Lefort, 1958).
Animal muito inteligente, logo ocupou rapidamente seu
espaço, questionando com vigor o status quo anterior. Tinham asas bastante
desenvolvidas para galináceos do seu porte, e pulavam as cercas com frequência. Costumavam ter mais de um parceiro,
embora fossem fiéis a somente um deles. Nestes casos, os Sartreanus sp iam esclarecer estas relações exogâmicas
em romances autobiográficos os quais, infelizmente, não foram preservados no registro
paleontológico (Le Bom, 1991).
Durante o período máximo de especiação, espalharam-se por
quase todos os ecótones, com sua essência sempre precedendo a existência.
Explicavam essas e outras postulações tanto em tratados filosóficos quanto em
romances de formação pleistocênicos, dos quais restam muitos poucos vestígios
(Zizou, 2006). Depois de um grande período de radiação adaptativa, alguns ramos
tiveram algum sucesso evolutivo parcial, como o chiquitos baccanus, descritos
no holoceno da ilha de Martinica (Braguinha, 1950; Veloso, 1968). Os demais
foram paulatinamente se extinguindo, abandonando ruidosamente seus postulados
filosóficos anteriores. Como postulado por Zizou (op.cit), a desistência
antecede a extinção.
Muito bem bolado, como sempre. O seu senso de humor é refinadíssimo, essa série Pequeno Tratado de Paleontologia Imaginária chega a lembrar Cortázar. Abraço, Jeff!
ResponderExcluirEdson, muito obrigado! É um afago e tanto, caro amigo!
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