quarta-feira, 29 de abril de 2015

QUEM É O DONO DO CENTRO CÍVICO?

Síria? Iraque? não, Centro Cívico, em Curitiba... TIREI DAQUI 
Diz-se que, na civilização, o monopólio da violência passa a ser monopólio do estado. E que monopólio! Qual um tzar, Beto Richa e seus deputados se trancam na assembleia para arrochar os trabalhadores do estado e libera a “sua” polícia para de novo bater numa manifestação de professores. (Álvaro Dias, lá na solidão do Planalto Central, olha no espelho e se vê bonito na foto...).

O Estado tem o monopólio da violência (e que violência!!) mas não tem o monopólio da verdade. Soltar uma nota em que “lamenta” o confronto, com a esfarrapada desculpa de que havia radicais e “irracionais” e blacblocs, tudojuntoemisturado. Armando Falcão, Filinto Muller, Sergio Fleury e outros assinariam mais essa pataquada, velha como a luta de classes. Mais uma pantomima de um governo sem governo, um governo que já veio com sua própria “herança maldita”. E ainda falam da Dilma, os pitbulls e boçais “haters” da internet!
Ao ver as manobras da PM no Centro Cívico, é de impressionar a quantidade de bombas lançadas pela policia contra os manifestantes. Vejam os vídeos, pululando pela rede. Parece que dinheiro pra comprar bombas pra jogar em professor o estado tem, e tem de sobra, pra jogar gases tóxicos até a última garrafa.  Pra pagar salario pra professor (e pra policial!!) é outra coisa.
Esse é o paraná das “Zelites”: um o Paraná “justo”: o Paraná de Nelson Justus, do Bibinho, de Alexandre Cury, de Beto Richa. O estado das privatizações, dos funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa, dos deputados filhos das famílias de sempre, mandando no estado desde sempre. Outro, o Paraná dos professores, dos policiais (sim, também deles!), dos sem-terra, do povão que vive trabalhando pro agronegócio, do povão entalado ao final do dia no terminal do Pinheirinho.  Um sentimento estranho esse, ver esse povo que conheço tão bem se massacrando – afinal, um policial também é povo. Uma vontade de pegar o carro, o ônibus, o avião e ir pra lá, tantas vezes cruzei aquela rua de carro ou a pé. Parem com isso, camaradas!! O inimigo é outro!! Choro de impotência.
É um mundo estranho esse. Onde o mais típico século XX se encontra com o XXI nas redes, e o rebuliço que elas causam. A Direita tá na rua, mas a luta de classes também. Querem derrubar o estado do bem estar social, tão malmente construído à sombra da constituição de 88. Ainda tão capenga esse nosso Welfare State!
Ainda deve estar um cheiro danado de gás no final da Barão do Serro Azul. Parece que o barão, fuzilado pelos florianistas no inicio da República, emprestou seu nome ao local onde a repressão se dá mais forte em Curitiba. Triste sina. Um monte de gente ferida, um monte de gente sangrando, um monte de gente nos hospitais de Curitiba, e Beto Richa vai construindo sua legenda negra. O por do sol frio de abril se impõe sobre as lutas sociais. Mas amanhã é dia de continuar a luta.

Esse governo inepto pode ganhar abril, como perdeu fevereiro. Mas perderá o resto do ano, com certeza. O Paraná merece um futuro melhor. Estas lutas precisam desmascarar essa elite medrosa e corrupta que nos assola e não nos deixa avançar. Pra isso, viva os professores paranaenses!!

Um comentário:

  1. É primo, o sentimento de revolta e indignação é comum entre todos nós “guerreiros da educação”, impotentes diante desse lamento nos resta é resistir e não fugir a luta jamais!!!!!!!

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