No
dia 24 de maio de 1951 a
convite do candidato a prefeito pelo Partido social Democrático Dr. Pedro Daros,
fui em companhia do mesmo à Ponta da Pita e redondezas, em propaganda de sua
candidatura.
Depois
de percorrermos os diversos moradores, fomos à casa do cidadão Manoel Roza, o
qual esta em tratamento de saúde com o Dr. Pedro Daros.
Fogo
de chega (época de eleição) o Dr. Daros (muito interessado, como todo politico
faz) pergunta do estado de saúde do Sr. Roza.
O
mesmo logo se pronunciou:
“Doutor o meu caso era muito diferente do
tratamento que o Senhor fez. Era feitiçaria, um sujeito que queria me atrazar a
vida e me matar com feitiço...”
O
Dr. Daross, concordou dizendo: “Que
monstro, que perversidade! E como curou-se?”.
"Com
um curador, que me contou toda minha moléstia, e mandou que eu me retirasse
d'aquela casa".
O
Dr. Daros: “Que coisa formidável, esse
homem fez todo o diagnostico...”
E
continuou o Sr. Roza: “Me deu umas
garrafadas, uns benzimentos, e eu fiquei curado”.
O
Dr. Daross animado não com a cura, mas com a politica, disse: “Esses curandeiros são formidáveis...”.
E
eu com meus botões ouvindo toda presepada do curador e a politica, fiquei certo
que se o Dr. Daros fosse curador e não medico, com as garrafadas e benzimentos,
seria com mais facilidade eleito.
E
quando nos achávamos longe da casa do Sr. Roza eu disse ao meu amigo Dr. Daros:
“Ao menos uma vez na vida o Sr. Foi
obrigado a acreditar em feitiçaria e nos curadores. A politica faz tudo”.
O valor dessas pequenas crônicas do seu avô são inestimáveis, Jeff. Abraço!
ResponderExcluirEm política, os fins justificam os meios.
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